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Inor Ag. Assmann
A expectativa de que a safra de soja
2016/17 alcance entre 103 e 104milhões de
toneladas no Brasil estabelece a previsão
de preços estáveis até a próxima tempora-
da nos mercados interno e externo. Carlos
Cogo, analista e diretor da Carlos Cogo Con-
sultoria, considera que o cenário é de safra
normal e que o volume futuro corresponde-
rá à expectativa inicial da colheita passada,
não confirmada, pela quebra de 8 milhões
de toneladas, aproximadamente. “Com os
meteorologistas sinalizando para clima nor-
mal, no máximo com a ocorrência de
La
Niña
fraca, venho projetando aumento de
área de apenas 1%”, revela.
Com isso, espera que o Brasil alcan-
ce recorde de exportação em 2017, entre
55 e 57 milhões de toneladas. “Essa era
a expectativa para 2016, antes da quebra
de safra”, acrescenta. Conforme Cogo, na
reta final do ano, comas safras de Estados
Unidos, Brasil, Argentina e Paraguai “mais
definidas”, o mercado internacional tor-
na-se mais previsível.
“O mercado já precificou a soja de
acordo com a dimensão das safras e a ex-
pectativa de demanda. Emmeados de se-
tembro, havia o temor de que o merca-
do futuro operasse entre US$ 8,00 a US$
8,50 por bushel (Chicago), mas ele opera-
va a US$ 9,50 e US$ 9,70, e teve picos de
US$ 10,00", avalia Cogo. "Com a expecta-
tiva de o câmbio brasileiro manter o dólar
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