Inor Ag. Assmann
A soja está inserida nos mercados mun-
dial e nacional como uma das principais
culturas agrícolas sob o ponto de vista eco-
nômico. No Brasil, lidera o
ranking
da pro-
dução do agronegócio e faz de seu comple-
xo o principal em volume de exportação.
Embora remeta cerca de 55% das suas dis-
ponibilidades de soja emgrão ao exterior, o
País tem um “mundo” de demanda interna
que, para a Companhia Nacional de Abaste-
cimento (Conab), deve alcançar de 44% a
45%do suprimento em2016.
Pelolevantamentopublicadoemsetem-
bropelaConab,omercadointernoabsorve-
rá42,5milhõesde toneladas, sendo40,5mi-
lhões para esmagamento e geração de óleo
e farelo, os dois principais produtos extraí-
dos do grão. Cerca de 2 milhões de tonela-
das serão destinadas a outros usos, forma-
ção de estoques e sementes, enquanto 54,1
milhões de toneladas devem ser exporta-
das. Ração animal, óleo comestível e com-
bustível são os principais usos do produto
que permanece no Brasil. E há uma boa ex-
portação de óleo e, principalmente, de fare-
lo direcionado àUnião Europeia.
Há anos a cadeia produtiva trabalha po-
liticamente para mudar o perfil das expor-
tações brasileiras e favorecer o proces-
samento interno do grão e vender óleo,
farelo e demais materiais processados a
partir desta matéria-prima. “A exportação
de soja industrializada, com a consequen-
te geração de renda, empregos, riquezas e
agregação de valor, é uma meta antiga da
cadeia produtiva, mas que passa por ques-
Mercados
vorazes
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