Sílvio Ávila
Quase40%dasojaproduzidaem
MatoGrossojáéexportadapelo
ArcoNorte, conjuntodeportos
situadosnaregiãoNortedoBrasil
Umdosmaioresdramasdaproduçãoagrí-
coladeMatoGrossoaos poucos começaa ser
resolvido. A logística para o escoamento de
toda a produção agrícola dos confins do Bra-
sil até o mar está mais eficiente, o que reduz
transtornos e custos, trazendo mais rentabi-
lidade ao produtor. Dados do Instituto Mato-
-grossense de Economia Agropecuária (Imea)
apontam que entre janeiro e agosto de 2016
os portos de Barcarena (PA), Santarém (PA),
São Luís (MA) eManaus (AM) embarcaram5,5
milhões de toneladas, cerca de 38% do total
escoado. Enquanto isto, o porto de Santos re-
cebeu 7,1 milhões de toneladas, pouco mais
de 47%do total. Até há pouco tempo, uma si-
tuaçãocomoestaeraimpensável.
Para o presidente da Associação dos
Produtores de Milho e Soja do Mato Gros-
so (Aprosoja), Enrigo Dalcin, a geografia do
Estado vai dividir os modais. “De Rondo-
nópolis para baixo, o transporte via ferro-
via até os portos de Santos e Paranaguá se
tornará mais competitivo. De Cuiabá para
cima, o Arco Norte é muito melhor opção.
Agora, precisamos concluir a BR-163, que
ligará a região de Lucas do Rio Verde aMiri-
tituba, no Pará”, ressalta.
Tambémestá prevista uma ferrovia que
correrá paralela à BR-163. Esta competitivi-
dade entre os modais deve trazer, num fu-
turo breve, queda considerável no preço
do frete, melhorando o cenário de quem
produz. “Mesmo que o contexto não seja
o ideal e ainda tenhamos muito para evo-
luir, o escoamento da safra pelo Arco Norte
já representa ganho de aproximadamente
10% no preço pago ao produtor”, ressalta
Dalcin. Os dados da segunda quinzena de
setembro de 2016 apontavampreçomédio
de R$ 245,00 por tonelada para o frete ro-
doviário entre Sorriso e o Porto de Santos.
O Arco Norte prevê a criação de 96 por-
tos em Rondônia, Amazonas, Amapá, Ma-
ranhão e Bahia para escoamento da pro-
dução agrícola da metade Norte do Brasil,
localizada acima do paralelo 16. Hoje, esta
região responde por cerca de 60% da pro-
dução nacional de grãos.
Arcodo
triunfo
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