Sílvio Ávila
Há tempos que oMato Grosso é omotor
do agronegócio brasileiro. Emmeio ao rele-
vo e ao clima convidativos, a tecnologia e a
disponibilidade de área foramfatores deter-
minantes paraqueoEstado se consolidasse
como o maior produtor das principais
com-
modities
agrícolas brasileiras.
E os planos são de que este motor pro-
pulsione com ainda mais potência a eco-
nomia nacional. Projeção do Instituto Ma-
to-grossense de Economia Agropecuária
(Imea), em conjunto com a Universidade
Federal do Mato Grosso (UFMT) e com a Fe-
deração da Agricultura e Pecuária do Mato
Grosso (Famato), prevê o avanço da agri-
cultura sobre áreas de pastagem, principal-
mente nas regiões Norte, Nordeste e No-
roeste do Estado, até 2025. E a soja deve
continuar como a principal protagonista
deste desempenho fantástico. A estimati-
va é de forte salto na produção, de 29,4 mi-
lhões de toneladas na safra 2016/17 para
46,2milhões na temporada 2024/25.
Dos 20 principaismunicípios produtores
de sojadoBrasil, 14estãonoMatoGrosso. O
Estado tem as seis primeiras posições do
ranking
. A cidade de Sorriso é o expoen-
te maior de todo este vigor. É a líder bra-
sileira em área plantada e volume produ-
zido. Os dados mais recentes do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
são de 2014. Neste levantamento, Sorriso
aparece com 630 mil hectares de área co-
lhida e 1.981.000 toneladas produzidas,
Soberanonaproduçãobrasileirademilho, soja,
algodãoepecuária,MatoGrossoalimentaplanos
ousadosparaaexpansãodoagronegócio
Impávido
colosso
2,3%da produção naci nal.
Embora a região Centro-Norte seja
soberana na produção estadual, com
34% dos 9,23 milhões de hectares a se-
rem plantados em Mato Grosso na sa-
fra 2016/17, o avanço rumo ao Norte e ao
Nordeste do Estado chama a atenção. Nos
últimos cinco anos, na região Norte o au-
mento da área plantada chegou a 159%,
com incremento de 180% na produção.
Uma característica marcante do cultivo
da soja em Mato Grosso nos últimos anos
é o aumento da industrialização do grão
no Estado, gerando mais dividendos. “Dei-
xamos de ser apenas produtores de soja. A
exportação ainda representa volume alto,
de 53%, mas cerca de 31% do volume pro-
duzido já é processado dentro do Estado e
15% em outros estados brasileiros”, explica
o gestor técnico do Imea, ÂngeloOzelame.
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