Anuário Brasileiro da Soja 2016 - page 119

Uma fundação de pesquisa, criada por
produtores para dar suporte à Embrapa na
década de 1990, situada entre os cerrados
do Norte e do Nordeste do Brasil, que con-
duz seus objetivos desde sua criaçãopromo-
vendoodesenvolvimento sustentável. Estaé
a FundaçãodeApoioàPesquisadoCorredor
de ExportaçãoNorte (Fapcen). Nesse contex-
toestáinseridaaproduçãodesojaedecultu-
rasassociadasdos estadosdoMaranhão, do
Piauí e do Tocantins, rumo ao corredor de
exportação norte.
Desde a vinda dos migrantes para plan-
tar arroz, na década de 1970, nos solos con-
sideradospobreseimprodutivosdonordes-
te brasileiro, a Fapcen vem acompanhando
comatitudesdiferenciadasosciclosdefron-
teiras agrícolas para a busca da consolida-
ção. A entidade enfrenta as dificuldades nas
quebras necessárias de paradigmas para in-
troduzir ideias inovadoras desde as cultiva-
res de soja adaptadas a baixas altitudes.
Observa ainda a plantabilidade de se-
mentes com qualidade (a partir de 2000), e
o trabalho árduo no perfil dos solos ácidos,
a transformaçãodestas regiões comapossi-
bilidade da safrinha ao estoque de carbono
através do sistema integrado lavoura e pe-
cuária, cenários interessantes e já consoli-
dados (2010). Essas inovações são provoca-
das pela Fapcen nos eventos que promove,
comdestaque aomaior deles, a Agrobalsas,
no Maranhão. Além da feira do agronegó-
cio, recebe cerca de 5 mil crianças de esco-
las que acompanham os temas propostos,
vitrines vivas de culturas e animais, cursos,
treinamentos e palestras, comumúnicode-
safio: consolidar a sustentabilidade destes
cerrados produtivos, transferindo tecnolo-
gia e uma nova consciência a todos.
"Nunca estivemos tão dentro da nos-
sa missão como agora, de promover a sus-
tentabilidade", afirmaGisela Introvini, supe-
rintendente da Fapcen, que participa como
membro da Diretoria Executiva da Asso-
ciação Internacional de Soja Responsável
(RTRS, na sigla em inglês) e preside a For-
ça Tarefa Brasil. Nestas duas instituições en-
contram-se os grandes fabricantes de agro-
químicos, como Monsanto/Bayer, Dupont,
Basf; as principais ONG´s ambientalistas;
bancos internacionais, como Rabobank e
Santander; associações, cooperativas e sin-
dicatos de produtores de diferentes esta-
dos, comdestaque ao Estado da Bahia; e os
produtores pertencentes aos grupos Brok-
field, SLC Agrícola, Amaggi, CAT, Vanguarda
Agro e Fapcen, dentre outras organizações
participantes da cadeia produtiva da soja.
Na busca de propriedades rurais para
certificar, a Fapcen percorreu mais de 500
mil hectares, diagnosticando cerca de 50 fa-
zendas. "Destas, 91mil já se encontramcer-
tificadaspelaRTRS eametaéalcançarmais
100mil para 2017", diz Gisela. Alémda valo-
rização da propriedade rural e da implan-
tação de um modelo de gestão participati-
vo, busca-seo repassedemaior consciência
quantoa entender e seguir as leis (trabalhis-
tas e ambientais), evitando, desta forma,
multas desnecessárias ao produtor rural,
como também receber o prêmio pago pe-
los compradores europeus, que valorizam
amarca RTRS na adesão de seus produtos.
"A Fapcen está sendo o grande elo de li-
gação entre os principais atores, estimu-
lando cursos, treinamentos e a adequa-
ção das propriedades rurais, promovendo
maior destaque ao produtor rural, quemui-
to faz por estas regiões, junto às comunida-
des mais próximas", reforça Gisela. Ela refe-
re os índices de desenvolvimento humano
apontados nestes estados e a renda
per ca-
pita
promovida pela produção de soja, que
transformou estas regiões graças à renda, à
geração de impostos e aos empregos.
Researchfoundationisdevotedtotheprospectionof
newtechnologies for theNorthregionof theCountry
andpromotesrelevantevents, likeAgrobalsas
pont, Basf; the main environment orient-
ed NGOs; banks Rabobank and Santander;
associations, cooperatives and farmers’
unions fromdifferent Brazilian states, where
the highlight is the State of Bahia; and the
farmers that belong to the groups Brokfield,
SLC Agrícola, Amaggi, CAT, Vanguarda Agro
and Fapcen, among other organizations
that take part in the soybean supply chain.
In pursuit of rural properties to certify,
Fapcen covered 500 thousand hectares,
diagnosing about 50 farms. “Of these, 91
thousand have already got their certifi-
cation certificates by RTRS and the tar-
get is to certify 100 thousand for 2017”,
says Gisela. Besides adding value to the
farm and the implementation of a partic-
ipative management model, what is also
aimed at is an awareness with regard to
the compliance with existing legislation
(labor and environmental), thus avoid-
ing unnecessary fines , as well as entitle
the farmers to receive the premium pric-
es paid by European buyers, who hold
in high esteem the RTRS brand name in
their choice for the products.
“ Fapcen is now the relevant link be-
tween the main players, encouraging
courses, training sessions, and the adjust-
ment of the rural properties, promoting
the rural producers, who do a lot on be-
half of these regions, along with the near-
by communities”, comments Gisela. She
recalls the human development index in
these states and the per capita income
promoted by the cultivation of soybean, a
crop that has transformed these regions,
thanks to higher income, and the genera-
tion of taxes and jobs.
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