Anuário Brasileiro do Algodão 2017 - page 36

Plumas
epaetês
Preços internacionais motivam
incrementonaáreadealgodãonociclo2017/18.cultura
devebrilharemnadamenosque30,8milhõesdehectares.
A
prevalência de bons preços in-
ternacionais para o algodão ao
longo da temporada 2016/17
levou os cotonicultores a ex-
pandir a área cultivada com a
fibrano ciclo2017/18, emespecial nas gran-
des regiões produtoras. A estimativa do Co-
mitê Consultivo Internacional do Algodão
(Icac, na sigla em inglês) é de que a superfí-
cie semeada alcançará 30,8milhões de hec-
tares na nova etapa, com avanço de 5% so-
bre o cultivo da safra anterior.
A expectativa é de que a produção glo-
bal crescerá 3,6%, chegando, assim, a 23,58
milhões de toneladas de pluma, confor-
me o Icac. Somente na Índia, maior produ-
tora global, serão cultivados 11,3 milhões
de hectares, 7% a mais do que no período
anterior. Isso porque os agricultores alcan-
çaram melhores rendimentos produtivos
e econômicos na última temporada e têm
esperanças de repetir bons preços médios
na comercialização. A projeção é de que se
mantenha o rendimentomédiodos últimos
cinco anos, o que faria a produção indiana
aumentar 3%, avançando para quase 6 mi-
lhões de toneladas de pluma.
E a área de algodão da China, após re-
gistrar redução nas últimas cinco safras,
tende a expandir-se igualmente em 3%,
para 2,9 milhões de hectares, devido à po-
lítica governamental de estabelecer parâ-
metros de estabilidade aos preços e ain-
da à elevação das cotações internacionais
na última temporada. A produção chinesa
aumentará em 1%, para 4,8 milhões de to-
neladas, graças à superfície semeada, uma
vez que a produtividade não deve crescer.
A tendência de incremento é verificada
da mesma forma nos Estados Unidos, que
devem colher área de 4,3 milhões de hec-
tares, 12% acima do registrado na tempo-
rada anterior. A produtividade média deve
chegar a 938 quilos por hectare, e a colhei-
ta alcançaria, portanto, a 4 milhões de to-
neladas, comcrescimento de 8%.
Na contramão dos grandes produtores
de fibra, o Uzbequistão vai reduzir o cul-
tivo em 4%, para 1,2 milhão de hectares.
A medida está associada ao plano do go-
verno uzbeque de reduzir áreas nas quais
os rendimentos são baixos, comaltos cus-
tos de produção, e direcionar tais terras a
outros produtos agrícolas com maior de-
manda interna ou com boas oportunida-
des no mercado exportador.
A decisão não afetará de forma substan-
cial a produção do país, uma vez que a pre-
visão de abundante umidade do solo, com
regime favorável de chuvas, pode melhorar
o rendimento médio por área em 1%, para
638 kg/ha. A colheita do Uzbequistão deve
reduzir-se 2%, para 770mil toneladas.
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Hemisfério Sul
Projetando de maneira antecipada uma possível queda dos preços do algodão no início da temporada 2017/18, o Hemisfé-
rio Sul deve ter expansão mais controlada da área cultivada com a fibra. As lavouras do Brasil e da Austrália deverão aumentar
em 2%, para 950 mil hectares, e 3%, para 574 mil hectares, respectivamente. A safra brasileira deverá atingir 1,4 milhão de tone-
ladas, segundo o Icac, enquanto a produção da Austrália crescerá 4%, até 1 milhão de toneladas.
Sílvio Ávila
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