Jornal da Emater - Edição 2 - page 12

REGIONAL Soledade
Mercado Público
Q
ue tal negociar a produção
agrícola com prefeituras, es-
colas presídios ou até mesmo
o Exército? Pois esta é uma
excelente oportunidade de negócio, com
clientela ampla, é uma excelente oportuni-
dade para os produtores rurais ganharem
em escala.
Na região administrativa da Emater/RS-
-Ascar de Soledade, cerca de 800 famílias
estão envolvidas neste tipo de negociação,
seja de forma individual ou coletiva, com
12 associações e 8 cooperativas. Entre os
principais alimentos estão hortigranjeiros
como frutas, verduras e legumes, grãos
como o arroz e feijão, produtos de origem
animal como leite e derivados, além de pro-
dutos agroindustrializados como melado,
biscoitos, schmier e sucos.
A Emater/RS-Ascar atua junto aos agri-
cultores para incentivar esta oportunidade
de mercado. Por meio da Assistência Téc-
nica e Extensão Rural (Ater), acontece o
planejamento da produção e a organização
da comercialização para abastecer os mer-
cados locais e regionais, além do apoio aos
órgãos e entidades como Forças Armadas,
Susepe, universidades e hospitais na elabo-
ração de editais de Chamada Pública para a
compra de alimentos da Agricultura Fami-
liar. O Programa Nacional de Alimentação
Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA), são duas excelentes
iniciativas neste sentido.
Entre as entidades compradoras estão
62 prefeituras da região e de outras áre-
as, 117 escolas estaduais, seis presídios e
o exército. Segundo o assistente técnico
regional da Emater/RS-Ascar da área de
Organização Econômica, Olívio Faccin, o
percentual de compra é diversificado na
região. “A Prefeitura de Rio Pardo utiliza
100% do valor destinado à alimentação
escolar com a agricultura familiar local.
Já em Lagoão, os recursos estão restritos a
30%, valor mínimo exigido por lei. Con-
tudo, nos municípios pequenos a quan-
tidade de produtos demandadas limita o
interesse dos agricultores de entregar no
Pnae”, destaca Faccin. Já no PAA, agricul-
tores da região comercializam seus pro-
dutos também para a região metropolita-
na, como os municípios de Guaíba, Porto
Alegre e Canoas.
No Rio Grande do Sul, dados da Ema-
ter/RS-Ascar, contabilizam que 6.650 agri-
cultores familiares se dedicam ao abasteci-
mento local e regional através de feiras de
produtores; 3.928 agricultores familiares
comercializam por meio do Pnae, no âmbi-
to das escolas municipais e estaduais; 1.514
fornecem alimentos por meio do PAA; e
120 cooperativas fornecem alimentos aos
diferentes mercados institucionais como
Pnae, PAA, exército, universidades, entre
outros.
Produtores da
região de Soledade
já descobriram
que vender para
instituições e
órgãos públicos
pode ser uma
excelente
oportunidade de
negócio.
Para 2017, a expectativa da Instituição se
mantém positiva. Para o PAA existe a disponi-
bilidade orçamentária de R$ 328 milhões para
que os órgãos da administração pública federal
presentes no Estado adquiram alimentos oriun-
dos da Agricultura Familiar. Em relação ao Pnae,
também haverá continuidade, uma vez que por
lei, 30% do orçamento deve ser destinado à
compra de alimentos da agricultura familiar.
“Neste sentido a Emater também vem dispen-
sando esforços na capacitação de gestores das
coordenadorias regionais da Secretaria Estadu-
al de Educação, de nutricionistas de prefeituras
municipais responsáveis pela alimentação es-
colar e de sua equipe de extensionistas rurais”,
destaca o assistente técnico estadual da Emater/
RS-Ascar da área de Cooperativismo, Francisco
Emílio Manteze.
O QUE VEM AÍ EM 2017
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