Jornal da Emater - Edição 2 - page 16

A família dos Konrath é uma
das 37 dos Vales dos Sinos e
Paranhana que se tornaram
unidades de referência (URs) do
Projeto VerdeSinos. Ou seja, estas
propriedades se tornaram espa-
ços de avaliação de parâmetros
ambientais, que incluem quali-
dade da água, do solo, proteção
de nascentes e cursos dágua e
a própria qualidade de vida de
todos que estão naquele ambien-
te. Estas URs ocupam uma área
total de 435,20 hectares e estão
presentes em 35 comunidades
rurais de 11 municípios da Bacia
Hidrográfica do Rio dos Sinos:
Em Igrejinha são três unidades
de referência, Araricá (quatro),
Taquara (três), Caraá (quatro), Ro-
lante (três), São Leopoldo (uma),
Nova Santa Rita (três), Campo
Bom (quatro), Riozinho (três),
Santo Antônio da Patrulha (qua-
tro) e Sapiranga (cinco).
Como
funciona?
O VerdeSinos é um programa
permanente que iniciou com um
projeto piloto em 2006. O progra-
ma é articulado pelo Comitesinos e
tem participação ativa da Emater/
RS-Ascar (que também integra a
plenária do Comitê de Bacia), além
do Ministério Público do Estado
(através da Rede Ambiental do
Rio dos Sinos), prefeituras (através
das secretarias de Meio Ambiente
e Centros Municipais de Educação
Ambiental), sindicatos   rurais e de
trabalhadores rurais, universida-
des, ONGs ambientais e empresas.
O que é o
Verdesinos?
REGIONAL PORTO ALEGRE
Ambiente
Inteiro
Projeto
Verdesinos
ensina que
produzir
cuidando do meio
ambiente é bom
para quem planta
e para quem
consome
F
oi em 2007 que a família Konrath dei-
xou a área urbana de Sapiranga para
morar num sítio. Lá na localidade de
Kraemer Eck, interior de Sapiranga ,
começaram a cultivar pelo método conven-
cional. O alto volume de defensivos afetou a
saúde de seu Ênio e assustou a esposa, Mara.
Então o casal foi em busca de outro sistema de
produção E o convite do agrônomo da Ema-
ter/RS-Ascar, Mateus Farias de Mello era tudo
que a família esperava.
Mateus sugeriu aos Konrath a participação
no Organismo de Controle Social (OCS) Or-
gânicos Encosta da Serra Sul Ferrabraz. Em
2012 eles aceitaram e imediatamente aderi-
ram ao sistema agroecológico de produção,
que rendeu a eles a certificação pelo Ministé-
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) e a participação no Projeto Verdesi-
nos, iniciado em 2014.
Do VerdeSinos, a família recebeu caixas
d’água para irrigação, canos para implanta-
ção do sistema de tratamento de efluentes por
zona de raízes, além de mudas frutíferas na-
tivas e exóticas, pó de rocha, fosfato natural
e composto orgânico para melhorar a fertili-
dade do solo. O projeto proporcionou ainda a
participação dos agricultores em capacitações
em agroecologia, sistemas agroflorestais e de
tratamento de efluentes por zona de raízes, so-
bre plantas alimentícias não convencionais e
gestão integrada de microbacias. “Fomos nas
capacitações que foram ótimas, aprendemos
até a fazer nosso fertilizante, a importância
da produção agroflorestal. Tudo isto estamos
usando”, ressalta Mara.
Segundo Mara, todo o aprendizado tem
servido para qualificar a produção e melho-
rar a relação com os consumidores, já que eles
vendem os produtos diretamente aos clientes
de Novo Hamburgo, Sapiranga, São Leopoldo
e Campo Bom por meio de entrega direta nas
residências de consumidores e em uma feira
de ecológicos na cidade. Como o rumo das
coisas mudaram, até o filho que trabalhava
no comércio está ajudando a família, que está
planeja a abertura de um ponto comercial em
Novo Hamburgo.
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JORNAL DA
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