Anuário Brasileiro da Pecuária 2017 - page 21

Produçãomundial de
carne bovina pode vir a
crescer próximo de 2%
em2017, graças
aos rebanhos de
nações como o Brasil
e os Estados Unidos
A
produção mundial de carne
bovina tende a crescer 1,9%
em 2017, avançando para 69,6
milhões de toneladas. Será o
segundo ano consecutivo de
aumento, após a estagnação que prevale-
ceuentre2013e2015.Aumentosprodutivos
substanciais ocorrem nos Estados Unidos e
no Brasil, mas também haverá incremen-
to na Argentina, na China e na União Euro-
peia. Aproduçãodeverá cair naAustrália, na
Nova Zelândia e na Rússia, conforme relató-
rio da Organização das Nações Unidas para
a Agricultura e Alimentação (FAO).
Na América Latina e no Caribe, os ga-
nhos estão associados à melhora do clima,
após duas temporadas de
El Niño
, com ex-
tremos de chuvas e secas em algumas re-
giões. O clima está, de forma geral, mais
favorável em 2017. No Brasil, as últimas
temporadasdeboapenetraçãonomercado
internacional encorajaram os pecuaristas
a expandir os rebanhos, apesar da deman-
da interna moderada. “A produção deve-
rá aumentar 2,3%, devido às maiores taxas
de abate e à melhoria das pastagens, além
da queda dos preços dos grãos para rações,
que elevamo peso das carcaças”, diz a FAO.
No Mercosul, a produção da Argentina
cresceu 4,2%, para 2,8 milhões de tonela-
das, enquanto o Uruguai registra pequeno
avanço e o Paraguai mantém os abates es-
táveis. Na Ásia, a China faz valer seu porte
e a produção de carne bovina está aumen-
tando 1,4% na temporada, para 7,1 mi-
lhões de toneladas. Os preços domésticos
estáveis atraíram investimentos na pecuá-
ria, enquanto o baixo retorno da produção
de leite deve incentivar posterior liquida-
ção do rebanho leiteiro.
A África mantém sua conjuntura contras-
tante. As condições precárias de pastagem
emgrande parte deQuênia, Somália, Etiópia
e Tanzânia, devido à irregularidade da tem-
porada de chuvas, vão impactar nas criações
e nas taxas de abate. No entanto, no Sul do
continente haverá aumento produtivo em
países como Malawi, África do Sul e Zâmbia,
queregistraramabundanteschuvassazonais
e boas pastagens e condições dos animais,
aliviando os efeitos da seca. Isso atenderá à
demanda internae regional.
Os Estados Unidos deverão alcançar o
maiorvolumedecarnebovinaproduzidoem
nove anos, de 12,1milhões de toneladas, au-
mento de 5,1%, devido ao crescimento dos
abates e do peso das carcaças. No Canadá,
o avanço serámínimo, pela reconstrução do
rebanho, devendo registrar pouco mais de
1,2milhãode toneladasde carne.
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