Anuário Brasileiro da Pecuária 2017 - page 25

OSDESTAQUES
A carne bovina
in natura
é amais exportada pelo Brasil, compar-
ticipação de US$ 4,3 bilhões (ou 81%) e 1,1 milhão de toneladas (ou 80%) em 2016. Ou-
tros produtos bovinos embarcados pelo País são industrializados ou processados, mi-
údos, tripas e salgados. O país que mais importa carne bovina brasileira é Hong Kong,
que adquiriu 330,509 mil toneladas e US$ 1,145 bilhão em 2016, com aumentos de 11%
e 5%, respectivamente. O segundo maior embarque em valor (US$ 739,346 milhões) foi
negociado com a União Europeia. No entanto, tratando-se de país, a segunda maior re-
ceita, de US$ 706,297 milhões, foi registrada pela China. O volume exportado por ano é
de cerca de 20% da produção nacional de carne bovina.
O
Brasil, que exporta o maior
volume de carne bovina do
mundo, projeta para 2017
resultado semelhante aone-
gociado no ano anterior. As
vendas externas de carne bovina brasilei-
ra somaram 1,351 milhão de toneladas e
US$ 5,364 bilhões em2016, comquedas de
1%emvolume ede 7%emvalor, de acordo
Mantendoa
escrita
Setor projeta que
exportação de carne
bovina em2017 deverá
ser semelhante a 1,3
milhão de toneladas
e US$ 5,3 bilhões
do ano anterior
com a Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carne (Abiec). A entidade
reúne 30 empresas exportadoras, que res-
pondem por 90% da carne comercializada
no exterior. “A receita reduziu devido ao ce-
nário cambial em queda e aos problemas
conjunturais de importantesmercados para
a carne brasileira, como Rússia, Venezuela e
Egito”, frisa Antônio Jorge Camardelli, pre-
sidente da Abiec.
De janeiro a julho de 2017, o embarque
de carne bovina totalizou 781,307 mil tone-
ladas e US$ 3,181 bilhões, com queda de
5% em volume e alta de 1% em receita em
relação aos resultados obtidos nos mes-
mos meses do ano anterior. O faturamen-
todoperíodo foi favorecidopelopreçomé-
dio de US$ 4.072,00 por tonelada de carne
bovina, com valorização de 6% sobre o va-
lor médio praticado na mesma etapa de
2016. Com base nesses números e em ou-
tros aspectos, a Abiec estimava que as ex-
portações do produto iriam permanecer
em patamares bem semelhantes aos de
2016. “Temos vários fatores positivos, que
devem beneficiar os embarques, mas tive-
mos algumasnotíciasnegativas, que impac-
taram levemente nos resultados do primei-
ro semestre de 2017”, avalia Camardelli.
Para o presidente da Abiec, o setor es-
perava resultados positivos com a pos-
sibilidade de abrir ou de encaminhar a
abertura de novos mercados, tais como
Canadá, México, Japão, Coreia do Sul,
Taiwan e Indonésia. “Os Estados Unidos
também estão no centro das atenções”,
acrescenta. Mesmo com a recente retira-
da de cinco frigoríficos da lista de habili-
tados para o mercado norte-americano
para a carne
in natura
. “Esperamos incre-
mentar nossa participação na cota anual
da qual o Brasil tem direito junto com ou-
tros países”, observa Camardelli.
A projeção de vendas para estes países
da Ásia e da América do Norte pode chegar
a aumento de 180 mil toneladas por ano.
“Sãomercados compreçomédio alto para
a carne bovina, o que poderia ampliar o fa-
turamento do setor em US$ 1 bilhão por
ano”, estima Camardelli. Alguns mercados
continuam fechados ao produto brasileiro
porque não aceitam o princípio da regio-
nalização do País para a febre aftosa. Mas
comoaOrganizaçãoMundial daSaúdeAni-
mal (OIE), um “braço” sanitário da Organi-
zação Mundial do Comércio (OMC), acei-
ta este princípio, abrem-se possibilidades
para contestação por parte do Brasil.
Em 2017, além dos Estados Unidos,
também a União Europeia está no centro
das atenções da Abiec. Conforme Camar-
delli, a expectativa é de retomar omercado
de carne
in natura
para os norte-america-
nos e incrementar a participação nacio-
nal na cota anual de 64,8mil toneladas por
ano a que o Brasil tem direito junto com
outros países. Já para os europeus, uma
agenda estratégica inclui temas como a
ampliação da área habilitada para exporta-
ção, aprovação da Cota 481 (voltada espe-
cificamente a animais confinados, em em-
barques para a União Europeia) e inclusão
da carne bovina no acordo de livre comér-
cio entre UE e Mercosul.
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