(1.350 quilos de pluma por hectare). O cli-
ma não poderia ser pior, pois se apresentou
com seca no plantio e chuva na colheita em
estados comoBahia (segundomaior produ-
tor), Maranhão e Piauí. A qualidade não foi
tão afetada, apesar do clima adverso.
A disponibilidade de pluma para expor-
tar ficou limitada e, também por isso, as
vendas externas caíram6%, para 804mil to-
neladas. No âmbito interno, apesar da re-
tração na demanda, e em função da oscila-
ção do dólar, os preços valorizaram-se 22%
de dezembro de 2015 ao mesmo mês de
2016, passando a arroba de R$ 74,10 a R$
90,48. Opresidente da Associação Brasileira
dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlin-
do de AzevedoMoura, lamentou o ano ruim
paraosetor. “Temosdeestar atentos ao fato
de que o custo de produção da cotonicultu-
ra é muito alto (cerca de R$ 8 mil por hecta-
re) pela elevada demanda de investimentos
envolvida. Para entrar e para sair deste ne-
gócio, émuito difícil”, avalia.
Em seu entender, o número de cotoni-
cultores noBrasil vemse reduzindonos últi-
mos cinco anos por causa da queda na ren-
tabilidade e da maior liquidez de produtos
como a soja, cujo custo médio por hecta-
re gira em cerca de R$ 2,5 mil. Segundo ele,
paraquea cadeiaprodutivaavancenas pró-
ximas temporadas é preciso que exista re-
cuperação gradual do consumo mundial e
doméstico. “No âmbito externo, isso depen-
derá de fatoresmacroeconômicos e do com-
portamento dos mercados asiáticos, prin-
cipalmente”, refere. “No mercado interno,
estamos trabalhando com uma campanha
muito forte demarketing, buscando avanço
de 11% no uso da pluma em 10 anos. A ex-
pectativa de recuperação gradual da econo-
mia, emborademorandomaisdoqueopre-
visto, tambémé animadora”, finaliza.
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