O
algodão ainda é majoritá-
rio entre as fibras processa-
das no Brasil, o que contri-
bui para a manutenção de
uma cadeia produtiva de
forte impacto econômico e social. Nos últi-
mos anos, a indústria têxtil nacional absor-
veu entre 700 e 800 mil toneladas de algo-
dão por ano. Apesar disso, a concorrência
com as fibras sintéticas está cada vez mais
evidente, seguindo tendência observada
em todo o mundo. De acordo com o presi-
dente da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pi-
mentel, hoje o País já consome mais fibras
sintéticas do que naturais.
Nessa conjuntura, o dirigente acre-
dita que a campanha Sou de Algodão, li-
derada pela Associação Brasileira dos
Produtores de Algodão (Abrapa), é fun-
damental. A ideia, inclusive, é promover
um evento conjunto para debater o futu-
ro do algodão na indústria têxtil brasilei-
ra emundial. “Estamos vivendo uma nova
fase, com manufatura avançada, digitali-
zação da economia e uma série de novas
questões que afetarão muito o consumo
das matérias-primas em nosso setor”, ad-
verte. Apesar de o algodão ainda ter largo
consumo e aceitação, Pimentel acredita
que a cadeia produtiva precisa trabalhar
novas possibilidades de uso para não re-
duzir seu
market share
.
O presidente da Abit lembra que um
dos principais itens do projeto “A Quarta
Revolução Industrial do Setor Têxtil e de
Confecção: a Visão de Futuro para 2030”,
da entidade, são os novos materiais e
como irão atender às novas realidades
Novos
horizontes
Sílvio Ávila
Associação Brasileira da Indústria
Têxtil
e de Confecçãodefende ações emconjunto comos
produtores pelo futurodo algodãonomeio industrial
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