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Imagem melhorada
De acordo como presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a indústria têxtil
brasileira trabalhaparadesfazer uma imagemnegativa vinculada ao setor emtodoomundo: deque époluentedesde aproduçãodas
matérias-primas até o final do processo industrial. A sustentabilidade faz parte dos planos estratégicos do segmento, que conta com
grande vantagemnesse processo, uma vez que no Brasil o algodão é produzido no sistema de sequeiro – o que reduz demodo drásti-
co o consumo de água utilizada na irrigação quando comparado ao cultivo de algodão irrigado de outros países.
“Isso poderá ser uma grande vantagempara que a cotonicultura e a indústria têxtil se projetemnomundo coma visão de umpro-
duto natural e sustentável emseus aspectosmais abrangentes, portadoras de funcionalidades que atendemàs novas demandas que
estão surgindo”, pondera. Na avaliaçãodePimentel, a fibranatural continua sendo fundamental para a indústriade confecçãodoPaís.
“Não podemos perder esse ativo, que émuito importante para nossa competitividade presente e futura”, define.
apresentadas atualmente. “É preciso uma
ação muito clara, tanto da indústria têxtil
quanto dos cotonicultores, para que traba-
lhemos o algodão do futuro”, frisa. “Como
e onde será aplicado, ocupando novos es-
paços dentro de um mercado que está
evoluindo com diversas outras fibras.”
Hoje, o segmento de roupas de cama
aindaéoquemaisutilizaalgodãona indús-
tria têxtil, mas o consumo
per capita
, por
peça, já é bem inferior ao passado. Além
do menor aproveitamento nos produtos
tradicionais, a fibra natural depara-se com
desafios tecnológicos que exigem mais do
que suas já conhecidas qualidades, como
conforto e respirabilidade. “Como o algo-
dão vai tratar de sua performance no âm-
bito do que está por vir? Temos umdesafio
pela frente, produtores e indústria, de tra-
balhar comcentros depesquisaque abram
novos horizontes para essa fibra”, defende.
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