Inor Ag. Assmann
A soja convencional vem perdendo
força nas lavouras brasileiras ano após
ano. Nas últimas cinco safras, sua rele-
vância tornou-se ínfima, pois na safra
2012/13 a adoção de soja transgênica
já chegava a 88,7% no País. Para o ciclo
2016/17, a diferença novamente deve
ser aumentada. A primeira projeção é de
96,5% da área total com a cultura, segun-
do informações do engenheiro Jorge At-
tie, analista de agronegócios da Céleres
Consultoria. O percentual de soja GM na
safra 2015/16 foi de 95,2%.
Hoje, o Estado que mais adota a olea-
ginosa transgênica é o Mato Grosso, com
9,3 milhões de hectares. Na sequência,
aparecem Rio Grande do Sul, com 5,4 mi-
lhões de hectares; Paraná, com 5,2 mi-
lhões de hectares; Goiás, com 3,3 milhões
de hectares; eMato Grosso do Sul, com2,4
milhões de hectares. As regiões Norte e
Nordeste são as quemenos utilizama soja
GM, devido à falta de variedades adapta-
das a essas regiões e à baixa adoção de
tecnologia por parte dos agricultores.
A flexibilidade e a facilidade de mane-
jo são os principais diferenciais da trans-
genia para a agricultura. O meio am-
biente também ganha, uma vez que há
menor entrada com pulverizadores nas
áreas produtivas, reduzindo o uso e o
contato com defensivos agrícolas. Para
o analista de agronegócios, apesar dos
avanços, ainda falta maior conscientiza-
ção por parte dos produtores quanto à
adoção de melhores práticas agrícolas,
como refúgio, rotação e sucessão de cul-
turas e tecnologias.
“O uso incorreto dificulta bastante o
desenvolvimento da tecnologia, podendo
até anular seu benefício econômico e de
manejo”, pondera. Conforme o especialis-
Gene
dominante
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