A
área de cultivo e a produção de
pluma podem até ter recuado
nas últimas temporadas emMato
Grosso do Sul, por fim estabili-
zando na safra 2016/17, acompa-
nhando a tendência verificada emtodo oPaís.
MasoEstadotemtidorazõesdesobraparaco-
memorar os índices de eficiência tecnológica e
a adequação das plantações aos mais moder-
nos e aceitos padrões internacionais. É o que
enfatiza Adão Antonio Hoffmann, diretor-exe-
cutivo da Associação Sul-Mato-Grossense de
ProdutoresdeAlgodão(Ampasul),aopassoem
que sinaliza para umpossível leve incremento
naáreaplantadananovaetapa.
Conforme Hoffmann, um dos indicati-
vos do comprometimento dos produtores
com a qualidade e com a sustentabilida-
de social e ambiental está na boa aceitação
dos princípios do programa Algodão Brasi-
leiro Responsável (ABR), liderado pela Asso-
ciação Brasileira de Produtores de Algodão
(Abrapa). Entre o ciclo 2015/16 e o período
2016/17 mais do que dobrou o número de
fazendas certificadas no Estado, demaneira
que 74%da pluma colhida emMato Grosso
do Sul já está contemplada.
“Estamosmuito satisfeitos comessa aco-
lhida de parte dos produtores ao chamado
para que se engajassem no ABR”, frisa. “Sa-
bemos que o meio rural hoje trabalha com
tantos obstáculos para seguir produzindo,
e ainda assim o setor compreendeu a ne-
cessidade dessa adequação”. Lembra que a
área cultivada no Estado não é tão expressi-
vaquantoadeoutras regiões nacionais,mas
as fazendas sul-mato-grossenses que foram
certificadas em sua maioria são de grande
porte, motivo do volume tão expressivo de
pluma certificada, alcançando enorme signi-
ficadonoagronegócio.
Outro aspecto festejado pela cadeia do
algodão emMato Grosso do Sul está numa
tecnologia de Ultra Baixo Volume (UBV) e
Baixo Volume Oleoso (BVO) para aplica-
ção de defensivos contra uma das princi-
pais pragas da lavoura. Chamada de Bicu-
doArmadilha Semana (ouBAS), a iniciativa
estadual providenciou que 100% das fa-
zendas do Estado fossem armadilhadas,
com acompanhamento atento de parte
dos produtores. Reduzindo-se o número
de aplicações, baixa o gasto com defensi-
vos. A ação permitiu que se recuasse de ín-
dice BAS de 11,3 insetos emmédia na safra
2014/15 para 4,6 bicudos no ciclo 2015/16
e para apenas 1,5 inseto na fase 2016/17.
“É um dado formidável”, avalia Hoffmann.
“Graças ao monitoramento, passamos de
21 a 22 aplicações de defensivos há duas
safras para 13 a 14 aplicações na última”.
Estes avanços, bem como o cenário de
mercado jámais favorável a umamelhor re-
muneração, na relação da cultura com soja
e milho, estão fazendo com que produto-
res que haviamsaído da atividade agora es-
tejam demonstrando interesse em voltar a
produzir algodão. A confiança estadual pas-
sa, ainda, pela construção, em fase de con-
clusão, da sede própria da Ampasul, em
Chapadão do Sul, na qual ficarão centrali-
zados, entre outros espaços, um centro de
eventos e um novo e moderno laboratório
de análise e classificação de fibra, favore-
cendo os associados.
Mais do que dobrou o número
defazendascertificadaspelo
ABR
emMatoGrossodo
Sul, eomonitoramentodobicudoafirmasuaeficiência
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Sílvio Ávila
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