A
safra 2016/17 em Goiás vai
crescer por causa da maior
produtividade. O clima, que fa-
vorece a safra nacional, possi-
bilitará rendimento de 1.603
quilos de pluma por hectare, 35% acima
do registrado na temporada anterior, pre-
judicada pelo
El Niño
. Apesar da redução de
área, a produção deve crescer 19,7%, para
42 mil toneladas. Dependendo da região, a
expectativa de produtividade é de 260 a 320
arrobas por hectare. Emabril, algumas loca-
lidades registrarammaior espaçamentodas
chuvas e uma distribuiçãomenos uniforme,
mas semque isso tenha afetadodemaneira
mais séria a expectativa de produção ou fa-
vorecido o surgimento de pragas.
A colheita de cerca de 5 mil toneladas
a mais em relação à safra anterior deve
vir acompanhada de melhores resultados
também em renda, segundo as lideranças
setoriais. Os investimentos realizados pela
Associação Goiana de Produtores de Algo-
dão (Agopa) namodernização e na amplia-
ção do laboratório de fibras vão reforçar a
qualidade da produção local, garantindo
presença em mercados mais exigentes e
quemelhor remuneram.
Carlos Moresco, presidente da Agopa,
destaca que o Programa Algodão Brasilei-
ro Responsável colocou a fibra goiana nos
mais altos níveis internacionais de susten-
tabilidade e que o investimento em qua-
lificação de produtores, trabalhadores e
dos sistemas de produção vem se tradu-
zindo emganhos representativos à cadeia
produtiva. “A modernização do laborató-
rio de análises de qualidade do algodão
tem esse sentido, de disponibilizar meca-
nismos para certificar o nível superior da
pluma originada nas lavouras do Estado
e elevar a rentabilidade diante dos atuais
custos de produção”, enfatiza.
De acordo com Moresco, o novo siste-
ma de controle do clima no laboratório
permite, por exemplo, que processos que
demandavam 24 horas agora ocorram em
apenas 30minutos. O presidente da Agopa
acredita que, sob cotações remunerado-
ras e cenário internacional mais promissor,
alémdeumaeconomiadomésticamais es-
tável, Goiás poderá retomar o crescimento
da área cultivada e da produção. “Temos
área, empreendedores, estrutura, conheci-
mento e clima. Se o cenário se apresentar,
com uma possível retração do tamanho
dos estoques globais e novos patamares
de preços internacionais, os investimen-
tos acontecerão”, diz. A safra 2017/18, que
começa a ser plantada no final do ano, já
deve dar sinais desta expansão, apesar das
instabilidades políticas que contaminam a
economia nacional.
T
he credit for the bigger 2016/17
cotton crop in Goiás goes to
higher productivity. The cli-
mate, which is ideal for the na-
tional crop, will lead to yields of
1,603 kilograms per hectare, up 35% from
the previous season, adversely affected by
the El Niño phenomenon. In spite of the re-
duction in planted area, the production vol-
ume should go up 19.7%, to 42 thousand
tons. Depending on the region, productivity
expectations arepointing to260or even320
arrobas per hectare. In April, some regions
experienced erratic rainfalls at longer inter-
vals and lessuniformdistribution, a fact that
has not seriously affected the expected crop
volume, nor has it triggered pest outbreaks.
The 5 thousand tons in excess of thepre-
viouscropshouldbeaccompaniedbybetter
results in income, too, according to the lead-
erships of the sector. The investments car-
ried out by the Goiás State Cotton Growers’
Association (Agopa) in the modernization
and amplification of the fiber laboratory are
meant to strengthen the quality of the local
production, ensuring its presence in more
discerningmarkets that pay better prices.
Agopa president Carlos Moresco has it
that the Responsible Brazilian Cotton Pro-
grampromoted the fiber produced in Goiás
to the highest international sustainability
levels,whilst the investment in thequalifica-
tionof the growers, workers andproduction
systemshasbeen translating intosignificant
gains for the supply chain. “Themoderniza-
tion of the cotton quality analysis laborato-
ry is intended to provide mechanisms for
certifying the superior level of the fiber that
comes from the State’s farms and makes
profits grow in light of the present produc-
tion costs”, he emphasizes.
According to Moresco, the new control
system of the climate in the laboratory per-
mits, for example, that processes that require
24 hours now can occur in only 30 minutes.
The president of Agopa believes that, in light
of remunerating prices and the more prom-
ising international scenario, besides a more
stable domestic economy, Goiás could re-
sume the growth of the cultivated area and
production. “We have land, entrepreneurs,
structure, knowledge and climate. If the sce-
nariounfolds, withapossibledecrease in the
sizeof theglobal stocks andnewinternation-
al remuneration levels, investmentswill hap-
pen”, he says. The 2017/18 growing season,
whose planting will start at the end of the
year,shouldshowsignsofthisexpansion,de-
spite the political instabilities that contami-
nate thenational economy.
Goiás is focused on the production of
superiorqualitycottonandpursuesmarketconsolidation
withaneyetowardsmoreprofitableregionalfiber
Quality-
oriented
77
