A
inda que na safra 2016/17 Mi-
nas Gerais registre a retração de
15,8% na área plantada, para
16,5 mil hectares, e estime co-
lheita de 24,8 mil toneladas de
algodão empluma, comrecuo de 7,5%, o go-
verno estadual e a cadeia produtiva plane-
jam triplicar a superfície cultivada em cinco
anos.Querem,comisso,ampliarasdisponibi-
lidadesda fibraà indústria local, quartomaior
polo têxtil do Brasil, com demanda anual de
130miltoneladasdamatéria-prima.
A produção local representa apenas
um sexto da demanda. Para alcançar 50
mil hectares cultivados, há longo cami-
nho a ser percorrido. A iniciativa começará
com as regras de comercialização da safra
2017/18, segundo o acordo de cooperação
do Programa Mineiro de Incentivo à Cultu-
ra do Algodão (Proalminas), implantado
em2003 e turbinado agora.
O programa fomenta a cadeia produti-
va do algodão com normas que garantem
benefícios à indústria e aos produtores me-
diante alguns critérios. É o caso da aquisi-
ção de uma cota de algodão produzido e
beneficiado em Minas Gerais, além do pa-
gamento pelo preço de mercado, com adi-
cional de7,85%novalor. Anegociaçãoexige
certificado de origeme de qualidade.
O programa gera desoneração fiscal,
com isenção de 41,6% do crédito presu-
mido de Imposto sobre Circulação de Mer-
cadorias e Serviços (ICMS) às indústrias ao
adquirirem o algodão certificado dos co-
tonicultores mineiros. Em contrapartida, a
empresa destina 1,5%dos recursos ao Fun-
do de Desenvolvimento da Cotonicultura
(Algominas), responsável pelos investimen-
tos no aprimoramento da atividade no Es-
tado. No ciclo 2016/17, 41 empresas foram
certificadas e credenciadas no programa.
De cada 100 toneladas adquiridas, 23 foram
de algodão mineiro, crescimento de 91%
emrelação ao ano anterior.
A iniciativa tem amplo espectro social:
garante empregos e renda em diversos po-
los têxteis de várias regiões, e dos 100 pro-
dutores associados à Associação Mineira
dos Produtores de Algodão (Amipa) cerca
de 70%são agricultores familiares. Lício Au-
gusto Pena de Sairre, diretor-executivo da
Amipa, considera que o atual patamar da
cotonicultura mineira seria inimaginável há
alguns anos e destaca que o apoio do Esta-
do tem sido fundamental. “Tais ações nos
encorajamna busca do crescimento”, frisa.
A
lthough the 2016/17 crop year
in Minas Gerais registers a de-
crease of 15.8% in area devot-
ed to cotton, to 16.5 thousand
hectares, with an estimated
24.8 thousand tons of cotton fiber, down
7.5%, the state government and the supply
chain are planning to increase the planted
area threefold in five years. The idea is to ex-
pand the availability of fiber to the local in-
dustry, the fourth biggest cotton hub in Bra-
zil, with an annual demand for rawmaterial
amounting to 130 thousand tons.
Local production accounts for only one
sixth of demand. Before the 50 thousand
hectares are achieved, there is a long way
to go. The initiative has been scheduled to
start with the commercialization rules of the
2017/18cottoncrop,accordingtothecooper-
ation agreement of the Minas Gerais Cotton
Crop Incentive Program (Proalminas), imple-
mented in2003andput into forcenow.
The program fosters the cotton supply
chainwithrules thatbenefittheindustryand
the farmers provided some criteria are com-
plied with. It is the case of the acquisition of
a cotton quota produced and processed in
Minas Gerais, besides payment at market
price,withanadditional 7.85%invalue.
The program generates tax exemption
of 41.6%over the presumed credit on Value
Added Tax on Goods and Services (ICMS) to
the industries upon acquiring certified cot-
ton from the cotton farmers inMinas Gerais.
On the other hand, the company earmarks
1.5% of the resources for the Cotton Farm-
ing Development Fund (Algominas), re-
sponsible for the investments in the en-
hancement of the activity throughout the
state. In the 2016/17 crop year, 41 compa-
nies were certified and credentialed to the
program. Out of every 100 tons acquired, 23
werecotton fromMinasGerais, representing
an increase of 91% fromthe previous year.
The initiative comprises a vast social
spectrum: it ensures jobs and income insev-
eral textile hubs throughout the region, and
benefits the cotton farmers, 70% of them
family farmers, associated to the Minas
Gerais Associationof CottonProducers (Ami-
pa). Lício Augusto Pena de Sairre, executive
director at Amipa, has it that the present cot-
ton farming scenario in Minas Gerais would
have been unimaginable some years ago
and maintains that support from the gov-
ernment was fundamental. “Such actions
encourage us to pursue growth”, he says.
Minas Gerais wants to triple the area
DEVOTEDtocottontosupplythestate’stextileindustry,
thefourthbiggestinBrazil,andaddvaluetotheproduct
Three
timesmore
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