6º Congresso Brasileiro de Fertilizantes
O agronegócio brasileiro é reconhecido como um dos mais competitivos do mundo. Crescendo a uma taxa média anual superior ao desempenho do PIB, a agricultura nacional, segundo dados históricos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), avançou de 100 milhões de toneladas produzidas em meados dos anos de 1980 para 209,5 milhões de toneladas na safra 2014/15, numa área plantada que se manteve praticamente inalterada.
Com uma produtividade média de 15 importantes culturas igual a 1,26 toneladas por hectares na safra 1976/77, chegando a 3,59 toneladas por hectares na safra 2014/15, o Brasil deixou de adentrar em 107,2 milhões de hectares de novas áreas em virtude da adoção do pacote tecnológico de insumos agropecuários e, dentro dele, a importância do vital uso adequado de fertilizantes, configurando um dos maiores cases de sustentabilidade mundial (Roquetti Filho, 2016).
Outro indicador da elevada competitividade brasileira no campo é um aumento de 142% na produtividade do trabalhador agrícola no período 2001/2011, segundo estudo da Confederação Nacional da Agricultura. Esse cenário inédito em termos de ganhos de competitividade – que colocou o País na elite da agricultura mundial, como líder na produção e exportação das principais commodities – foi sendo construído graças ao envolvimento de diversos segmentos, públicos e privados, da atividade produtiva.
Começou com a atuação decisiva de pesquisadores e institutos de pesquisa, como Embrapa, IAC, dentre outros, que forjaram a possibilidade de uma agricultura tropical, feita com o aproveitamento de solos, de modo geral ácidos e ricos em alumínio, e predominantes em limitações em nutrientes de fertilidade do solo como um meio para o crescimento das plantas, como o fósforo, por exemplo. Avançou com a disseminação do uso intensivo do pacote tecnológico de insumos agropecuários, que facilitaram o manejo e aperfeiçoaram processos produtivos.
Por fim, entrou em cena um insumo decisivo para fechar o ciclo que alavancou a agropecuária brasileira ao posto de protagonista mundial, os fertilizantes, nutrientes essenciais para ampliar a produção agrícola. Estudos indicam que hoje aproximadamente 50% de todo o alimento produzido no mundo se deve à utilização dos fertilizantes. Sem eles, não haveria comida suficiente para alimentar o mundo. Como se observa, os fertilizantes cumprem papel estratégico na produção sustentável que alimenta o planeta.
Uma grande reflexão sobre esse e outros aspectos será feita no 6º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, que se realizará no dia 29 de agosto, em São Paulo, tendo como tema principal “Competitividade”. Foram convidados os mais renomados profissionais ligados à cadeia do agronegócio, que, com seus profundos conhecimentos, poderão oferecer soluções para o contínuo desafio de manter um aumento constante e sustentável da produtividade agropecuária nacional. Entre os assuntos abordados, destacam-se: Competitividade da Agropecuária Brasileira, Crédito Rural e Perspectivas para a Agropecuária Brasileira. A realização do evento é da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
Além dos debates que toda essa programação provocará, o evento será marcado pelo lançamento da Nutrientes Para a Vida (NPV), uma iniciativa mundial, criada nos Estados Unidos e já implantada em vários países, cuja missão é esclarecer e informar a sociedade brasileira, com base em estudos científicos, sobre a importância e os benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada. Fundamentada em critérios científicos comprovados, a NPV estimula e promove a “Gestão 4C dos Nutrientes”, pautada em quatro princípios básicos: fonte certa, dose certa, época certa e local certo, de maneira a assegurar que não haja problemas de desequilíbrio no solo.
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