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A semente não é apenas a origem de
tudo. Ela é também a garantia da perpe-
tuação de tudo. Sem ela, a continuidade
de uma espécie vegetal estaria irremediavel-
mente comprometida. Por isso, emummundo
cada vez mais demandante de alimentos, a pre-
ocupação com a qualidade das sementes e com
a produtividade das lavouras é crescente. No Brasil,
que acabade colher em2017uma supersafrade grãos,
base inclusive de uma recuperação da economia, vinda
de forte crise, a oferta de insumo emquantidade e quali-
dade para novos plantios é a certeza de que, ali adiante,
cadanova colheitadaráaindamais fôlegoaoprogresso.
O
Anuário Brasileiro de Sementes
, da
Editora Gaze-
t
a, vem detalhar o cenário de produção e de mercados
dos principais segmentos da cadeia produtiva nacional.
Afinal, das grandes lavouras de grãos, como a soja, o mi-
lho, o arroz, o algodão e o feijão, às hortaliças e às frutíferas,
bem como aos setores da cana-de-açúcar, do café, das forra-
geiras e das centenas de espécies florestais, tudo começa com
a semente. E não só o atendimento às necessidades crescentes
das lavouras comerciais brasileiras está na pauta do setor. Tam-
bém a procura internacional tem aumentado, e assim o Brasil se
apresenta como potencial fornecedor de sementes para outros paí-
ses, apoiando o agronegócio emâmbito global.
Para apresentar os principais segmentos, dedicamos matérias es-
pecíficas a cada uma das espécies mais representativas em volumes co-
mercializados e emvalores gerados pelos negócios. Alguns desses setores,
comoa soja e as pastagens tropicais, jámotivaram inclusive a criaçãode en-
tidadesrepresentativasespecíficas,congregandoempresaseestabelecimen-
tos ocupados com a pesquisa. E este braço, o da prospecção de novas tecno-
logias e de sementes comcada vezmais diferenciais, temsido umdos grandes
responsáveispelo saltoemrendimentopor áreaeemcaracterísticas específicas,
paraoatendimentodas variaçõesprocuradaspelos clientesnacionais eexternos.
Seoagronegócioafigura-seumagrandes bases daeconomiabrasileira, e ten-
de a ser setor da economia a cada anomais estratégico para alimentar a crescen-
te população mundial, todas as possibilidades de contornar adversidades e limi-
tações de recursos naturais disponíveis tendem a passar pelo aprimoramento das
sementes. Por isso, organizações públicas e privadas devem unir esforços no sentido
de contornar obstáculos e potencializar todos osmeios de assegurar o acesso dos pro-
dutores rurais a insumo de qualidade, em quantidade e na hora certa. E isso está ocor-
rendo, tanto emnichos específicos quanto emsentidomacro.
Asplantaçõesdesojaedemilhotalvezsejamosexemplosrecentesdemaiorvisibilidade
quetiveramnaeficiênciadesuaproduçãodesementesabasedeseuavançovertiginoso.Até
muito recentemente, a soja era uma cultura restrita a ambiente temperado, nas regiõesmais
aoSuldoBrasil.Graçasaoaportedepesquisas,eàdisponibiizaçãodecultivaresadaptadasàs
regiõestropicais,essalavouraingressounoscerradosdoCentro-Oesteehojeestápresenteem
todasaslocalidadesdoPaís. Jáomilho,cujocultivoeralimitadoàépocadeverão,passouare-
ceberaagregaçãodediferenciaisquepermitemoseuplantioemdiversosmomentos,aponto
deocultivo tardio, chamadode segunda safra, já suplantar aépocadeverão.
Portudoisso,acadeiaprodutivadesementesdemonstraquesuacriatividadeesuapersis-
tênciapodemsinalizar edimensionarmuitas novidades e grandes avanços no futuro, a curto
emédioprazos. E issoéalentador paraoBrasil eparaomundo.
Boa leitura!
Inor Ag. Assmann
