Diversificação no tabaco

A área produtora de tabaco no Sul do Brasil, com o qual os produtores obtêm significativa renda, pratica também a diversificação de culturas, que proporciona diversos benefícios aos plantadores. A iniciativa é incentivada pelo Programa Milho, Feijão e Pastagens, desenvolvido no próprio setor, com apoio de outras instituições, e que proporcionou, por exemplo, incremento de renda ao redor de R$ 640 milhões na chamada safrinha de grãos, logo após o período produtivo 2018/19 do tabaco, um valor 16,4% superior ao obtido no ano anterior.

Conduzido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) desde 1985, o programa reúne a estrutura de campo das empresas associadas e de técnicos das entidades apoiadoras. São parceiros os governos dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federações dos Trabalhadores na Agricultura e da Agricultura nos três Estados (Fetag/RS e Farsul, Fetaesc e Faesc, Fetaep e Faep), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

Após a colheita da safra de tabaco 2018/19, conforme o levantamento divulgado pelo programa, os produtores cultivaram ainda 170.810 mil hectares de outras culturas (99.810 hectares de milho, 31.443 de pastagens, 20.853 de feijão e 18.704 de soja). Esse cultivo, considerando apenas os grãos, representou R$ 400 milhões para os produtores gaúchos, R$ 130 milhões para os catarinenses e R$ 110 milhões para os paranaenses. Realizado nas áreas onde foi colhido o tabaco, conforme lembra o SindiTabaco, reduz os custos de produção, com o aproveitamento residual dos fertilizantes, além de propiciar a proteção do solo e interrupção do ciclo de proliferação de pragas e ervas daninhas.

O presidente da entidade, Iro Schünke, salienta que “o setor de tabaco sempre apoiou a diversificação, desde que ofereça renda real aos produtores. Pesquisa recente demonstrou que 79% dos produtores fazem algum tipo de rotação de culturas para reduzir a proliferação de pragas, doenças e ervas daninhas e que cerca de 50% garante remuneração com outros produtos além do tabaco, aumentando de forma significativa a sua renda”, arremata o dirigente.

Da Redação da Editora, com Assessoria de Comunicação/SindiTabaco

Em 08.05.2019