Anuário Brasileiro do Tabaco 2016 - page 13

Novonicho
Sobre o futuro do setor, o líder dos produtores vis-
lumbra um potencial mercado no mundo. Enquanto
pesquisas mostram menor consumo de cigarros tradi-
cionais, o que o anima é a constatação de índices favo-
ráveis ao cigarro eletrônico, sem fumaça, que já regis-
traria crescimento anual na ordem de 50% em países
da União Europeia e da América do Norte. Neste senti-
do,Werner pensade formapositivanamaior adoçãodo
modelo eletrônico que utiliza tabaco, ao invés da alter-
nativa existentedenicotina líquida, tendoaperspectiva
dequeaprimeiraopçãoatendemais aopaladar docon-
sumidor do que a outra, alémdo interesse do produtor.
Diantedomenor
consumode
cigarros tradicionais, o
quenosanimaparao
futuroéaperspectiva
positivaqueestá
surgindo como
cigarroeletrônico
BenícioAlbanoWerner,
PresidentedaAfubra
A
nova safra de tabaco no Sul do Brasil, no ciclo
2016/17, ocupa 150,2 mil famílias e 298,5 mil hecta-
res, na estimativa feita pela Associação dos Fumicul-
tores do Brasil (Afubra), em outubro de 2016. O nú-
mero de produtores cresce 4% e a área 10% sobre
a temporada anterior, com influência da boa remuneração mé-
dia e da queda de produtividade registradas nesta safra. Assim, a
produção poderá ter incremento de 28%de umano para outro, o
que elevaria o montante a 674,1 mil toneladas, ainda inferior ao
volume atingido em fases recentes.
Para chegar a este quantitativo, a Afubra considera uma mé-
dia histórica de produtividade das últimas safras, o que passa-
ria a configurar uma elevação deste componente na ordem de
16,5% diante da quebra havida na edição anterior. Uma posição
mais real deverá sair em janeiro de 2017. Até meados de outu-
bro de 2016 eramantida aquela projeção, e o clima se apresenta-
va razoável, embora tenha havido interferência de noites frias no
desenvolvimento da planta e começassem a ocorrer fortes chu-
vas, que sempre impactam no resultado físico.
Ao fazer a avaliação, Benício Albano Werner, presidente da
Afubra, destaca que, apesar do problema sofrido na safra ante-
rior, a produtividade, de modo geral, cresceu nos últimos anos,
graças a melhorias tecnológicas, em particular no uso do solo e
Produtor
brasileirovolta
aincrementarárea
nasafra2016/17
comoestímulo
datemporada
anteriorena
expectativa
derepetir
umbomganho
nos tratos culturais. “Há um trabalho constante em favor da melhoria da produti-
vidade e da qualidade, e a própria pesquisa em sementes atua neste sentido, in-
clusive com o objetivo de evoluir cada vez mais para ummenor uso de defensivos
agrícolas”, afirma o dirigente.
Werner faz cálculos sobre possíveis quadros do novo ciclo produtivo, com pro-
dutividade média esperada de 2.258 quilos por hectare para os diversos tipos. As-
sim, mesmomantida a área, já seriamproduzidas 86.855 toneladas amais, enquan-
to com o aumento previsto no cultivo o acréscimo pode atingir 148.924 toneladas.
Para melhor equilibrar oferta e demanda, comenta, o desejo inicial das entidades
representativas (Afubra e federações dos três estados da região Sul) era de que se
mantivesse área semelhante. “Porém, o preço médio praticado na safra e a queda
na produtividade levaram o produtor a ampliar sua lavoura, na expectativa de que
assim possa ter ganho maior”, considera.
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Inor Ag. Assmann
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