Unidade da UPL é referência global em pesquisa com nematoides
No último dia de Road-Show 2022, jornalistas visitaram moderno centro de pesquisas instalado em Pereiras, São Paulo
Foto: Romar Beling
Laboratório da empresa
Um moderno centro de pesquisas e desenvolvimento de vanguarda internacional, implantado pela empresa UPL, no interior de Pereiras, em São Paulo, contribui para a evolução do agronegócio brasileiro e mundial na área de proteção de plantas. A companhia, de capital externo, passou a atuar no País em 2010, e além desta possui ainda uma unidade similar em Itaverava, também em território paulista. A cada ano, esse trabalho resulta na efetivação de 1,5 mil experimentos por ano no mercado nacional, 500 deles diretamente nos dois centros paulistas e os demais a partir de parcerias em diferentes regiões e estados.
O Road-Show 2022, roteiro que envolve 20 jornalistas identificados com o agro, de nove estados, e que foi organizado pela Texto Comunicação Corporativa, de São Paulo, visitou o centro de pesquisa da UPL nesta sexta-feira, 29, no último dia do roteiro cumprido ao longo de toda a semana. O diretor de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento Brasil da companhia, Walter Dias, salientou que a UPL tem nove unidades de P&D distribuídos pelo mundo, com a preocupação de afinar e refinar estudos e experimentos em diferentes realidades de cultivo, envolvendo características locais ou da região. A finalidade, segundo ele, é potencializar e agilizar ao máximo a prospecção de novas tecnologias em proteção de plantas, nas mais diversas culturas, que possam favorecer o produtor, com qualidade e segurança para o consumidor final e com o menor impacto possível sobre o meio ambiente.
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Nesse sentido, o engenheiro agrônomo Giuvan Lenz, graduado pela Universidade Federal de Santa Maria, atual gerente das estações experimentais da UPL no Brasil, referiu que a unidade de Pereiras caminha para ser, a partir de agora, referência mundial na companhia, e também fora dela, em Nematologia. “Aqui estarão concentradas todas as nossas pesquisas e nossos experimentos, com inúmeras culturas, envolvendo os nematoides, que atacam a raiz das plantas. O que desenvolvermos aqui será de interesse do mundo todo”, citou. E esse trabalho em específico é conduzido pelo pesquisador em Nematologia e Biossoluções Fernando Fonseca. Ele apresentou a nova área de pesquisa a céu aberto que acaba de ser implantada, justamente para esse novo segmento.
Os projetos da UPL são desenvolvidos tanto em laboratórios quanto a campo e com testes posteriores em áreas de lavoura, que se tornam inclusive ambientes de demonstração das tecnologias para equipes da própria empresa, além de parceiros, clientes e produtores. O diretor Walter Dias reforça que os estudos envolvem tanto a busca de produtos de proteção química quanto biológicos, conforme se obtenha uma solução mais eficiente e com a melhor relação custo-benefício para todos. Mas, segundo ele, a área de biossoluções é a que hoje recebe o maior aporte de investimentos, a começar pelo inegável apelo em favor de qualidade de vida e impacto sobre o meio ambiente. “Essa é, sem dúvida, a grande tendência, de produtos biológicos que permitam um maior e melhor controle natural, preservando os inimigos naturais de pragas ou que previnam ou inibam doenças e invasoras”, ressaltou. Biofertilizantes, bioestimulantes e agentes de biocontrole, como as bactérias que controlam insetos ou pragas, são nichos altamente demandados no ambiente do agro brasileiro e global.
Todo esse trabalho envolve um time qualificado, num modelo de negócio ou de atuação que denomina OpenAg, slogan incorporado como marca: “agronegócio aberto”, que agiliza pesquisas se aliando a parceiros públicos e privados em todas as regiões nacionais e assim, também, em todos os países. No mundo, nas nove unidades de pesquisa, incluindo a matriz, nos Estados Unidos, a UPL emprega 12 mil colaboradores, sendo 800 no Brasil. Em apenas 12 anos de atividade no País, o crescimento foi vertiginoso. No primeiro ano, a empresa faturou U$ 100 milhões. No ano passado, contabilizou U$ 1,4 bilhão.