Uma região que avança com o agro

O agronegócio fez o Oeste da Bahia crescer no Estado e aparecer no contexto econômico do País. Ao mesmo tempo, avançaram a renda e o desenvolvimento humano da população, como mostram informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes aos últimos anos. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita evoluiu em índices que passaram de 120 a mais de 260% entre 2010 e 2018 nos principais municípios das região, conforme os dados mais recentes, enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) elevou-se de 64 a 116% nas mesmas cidades, entre 1991 e 2010, de acordo com os últimos números disponíveis, coincidentes com o período em que começou o progresso agrícola no cerrado plano e de boas condições climáticas e de solo da região que fica no Extremo-Oeste baiano, onde divisa com os Estados de Goiás e Tocantins.

Os maiores municípios ali situados costumam aparecer entre os principais na agricultura não só do Estado, como do Brasil. Entre os 50 municípios líderes em valor de produção no País, em 2019, conforme divulgou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), baseado em dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE daquele ano, estão seis da região: São Desidério ocupa a terceira posição, seguido de Formosa do Rio Preto (11º), Barreiras (19º), Luís Eduardo Magalhães (28º), Correntina (31º) e Riachão das Neves (49º). São Desidério é apontado também como segundo maior produtor nacional de algodão, com R$ 1,50 bilhão, e terceiro na soja, com R$ 1,41 bilhão, e Formosa do Rio Preto, como segundo na oleaginosa, com R$ 1,44 bilhão.

No ano anterior, 2018, do qual o IBGE já divulga números consolidados, São Desidério lidera entre as cidades brasileiras no Valor Adicionado Bruto da Agropecuária, com quase R$ 2,5 bilhões, seguido de Formosa do Rio Preto (2º), Barreiras (9º), Correntina (17º), Luís Eduardo Magalhães (18º) e Riachão das Neves (39º). Entre eles, Luís Eduardo é líder no PIB total, com R$ 6,2 bilhões, onde influencia a participação das indústrias presentes no município, vindo Barreiras na sequência com R$ 4,7 bilhões, com o mesmo efeito. As duas cidades são as mais populosas da região, com a histórica Barreiras tendo 158,4 mil pessoas, pela estimativa do IBGE para 2021, e a jovem Luís Eduardo, 92,7 mil habitantes. No último censo de 2010, tinham respectivos 137,4 e 60,1 mil habitantes, evidenciando forte crescimento populacional paralelo ao desenvolvimento regional, como ocorreu nos demais municípios referidos.

O mesmo se faz notar na renda por pessoa e no desenvolvimento humano, comparando números de uma ou duas décadas. Em termos de PIB per capita, confrontando 2010 e 2018, houve evolução de até 268% em Formosa do Rio Preto, alcançando R$ 106.481,34, com o que ficou na segunda posição regional. Na primeira colocação, São Desidério avançou 219,66%, para R$ 109.841,86. E assim aconteceu com os demais municípios em destaque, ficando o valor de modo geral acima da média do País, de R$ 33.593,82. Já no IDHM, entre 1991 e 2010, estas cidades do Oeste baiano tiveram acréscimos de até 116%, o que se registrou em Correntina e Riachão das Neves, enquanto os números mais altos foram obtidos por Barreiras e Luís Eduardo (de respectivos 0,721 e 0,716, com aumentos de 76,72 e 83,12% no período). Produção e desenvolvimento econômico e social andam juntos e fazem riqueza e bem-estar se associarem à região que é destaque no agronegócio nacional.

(Publicado no Anuário da Região Oeste da Bahia – Safra 2021/2022, da Editora Gazeta com a Aiba – Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia)