Tbit, agritech especializada em visão computacional, inicia nova rodada de investimento para conquistar o mercado de grãos

Caso de sucesso em Corporate Venture, a empresa cresceu 418% desde sua primeira captação com impulso dos investidores e servindo as maiores empresa do agro
A Tbit, agritech especializada em classificação e análise de sementes e grãos utilizando visão computacional e inteligência artificial, prepara um novo road show para levantar uma Série A. A rodada seed da empresa ocorreu em 2017, realizada pela MSW Capital, gestora de Venture Capital especializada em Corporate Venture que tem a Bayer como investidora. A startup tem uma característica peculiar, cresceu 418% em faturamento desde a primeira rodada de investimento, não depende de recursos de investidores desde 2018 e desenvolveu parceria com grandes players do mercado, como:  Bayer, Basf, Syngenta, Cargil, Ihara, KWS, Corteva, SLC Agrícola, entre outros.

Fundada por quatro sócios em 2009, na cidade de Lavras, interior de Minas Gerais, a Tbit é  uma agritech focada no agronegócio, a empresa desenvolveu sua especialidade na busca por soluções que tangem os atuais problemas do setor, sobretudo relacionado às avaliações de qualidade, como, a vulnerabilidade frente a possibilidade de erro humano, pouca velocidade, além da baixa padronização e confiabilidade dos resultados relativos aos atuais métodos utilizados.

“Estamos buscando essa nova captação para atingir dois objetivos: o primeiro é o lançamento e a consolidação da nossa solução para grãos junto da expansão da nossa área comercial, e o segundo é fortalecer as pesquisas em equipamentos mais portáteis, principalmente para celulares, uma vez que a tecnologia 5G melhora a nossa solução. Nos pilotos em que rodamos com grandes empresas, nossa solução para grãos atingiu um grau de assertividade superior às expectativas.  Os novos produtos, e nosso pipeline, já possuem vendas previstas para os próximos dois anos, queremos crescer de forma estrurada.”, explicou Igor Chalfoun, CEO/fundador da agritech.

Atualmente, o principal produto da empresa é o GroundEye, que busca classificar os grãos de soja. Sua assertividade hoje é de cerca de 95%. A startup está desenvolvendo novos produtos para a classificação de grãos de milho e também de café. Diferentes de outros players no mercado, o sistema da empresa é baseado em hardware e software e a tecnologia é proprietária.

“Levamos 4 anos para desenvolver o primeiro produto e treinar a inteligência artificial. Através de diversas pesquisas, nossos sistemas se tornaram muito mais rápidos e acurados. O reconhecimento da qualidade de nossos produtos, através de grandes players do mercado, ajudou muito a possibilitar um constante crescimento comercial”, comentou Chalfoun.

Contou a favor da Tbit o fato da rodada seed ter sido liderada por um fundo Multi-Corporate Venture (MSW – BR Startups) que tem a Bayer como investidora. A Corporação atuou juntamente da startup em diversas frentes como: aquisição de equipamentos, entrada no mercado internacional (venda para unidades em 4 países), co-desenvolvimento de novas soluções, participações conjuntas em feiras e eventos, e campanha de venda para clientes da Bayer com condições diferenciadas. No âmbito estratégico a Tbit conta com a participação de um Diretor da Bayer no seu Conselho de Administração para ajudar a startup a desenvolver o seu negócio desde que o investimento foi realizado.

Segundo Dirceu Ferreira Júnior, Head de Inovação Aberta da Bayer para América Latina “a parceria com a Tbit nos permitiu atuar em um campo onde não atuávamos de forma complementar ao que fazemos. Foi muito positivo poder ofertar uma solução inovadora aos nossos clientes e principalmente desenvolver soluções demandadas não só pela Bayer, mas como por todo o mercado.”

A empresa está levantando R$5 milhões nessa nova rodada e já iniciou as conversas com alguns investidores interessados, a previsão é de concluir a rodada até o final do ano.

“Diferente da maioria das startups, a Tbit foi capaz de se tornar auto-sustentável e não depende de recursos de investidores desde 2019. Foi o nosso primeiro case de investimento onde conseguimos atuar muito próximo dos executivos da Bayer no impulso e desenvolvimento da empresa. É um dos grandes casos de sucesso de como uma corporação, por meio do Corporate Venture, pode contribuir na jornada de uma startup, além do recurso financeiro,  disse Richard Zeiger, sócio da MSW.

Sobre a Tbit

A Tbit Tecnologia S. A. é uma empresa agritech que, através de seus produtos, revoluciona a performance do agronegócio. Após 10 anos de atuação, a empresa se tornou a agritech com maior conhecimento em sistemas de análise de imagens do Brasil.

Sobre a MSW Capital
A MSW Capital é uma gestora de venture capital especializada em Corporate Venture Capital que investe em startups nos estágios iniciais. É a primeira gestora no Brasil a olhar para grandes empresas como parceiras de negócios e a estruturar e gerir fundos de corporate venture capital multi-corporativos ou proprietários. Dedicada a potencializar a relação entre corporações e startups, baseada em relação de confiança e voltada para gerar valor para ambos.