JTI aposta na inovação para melhoria da qualidade de vida dos produtores
Investimento em pesquisa e novas tecnologias se consolida a cada safra e tem impacto positivo para pessoas e meio ambiente
Facilitar a vida do produtor de tabaco e melhorar a produtividade das propriedades é o foco dos investimentos de pesquisa e inovação em agricultura da Japan Tobacco International (JTI). A empresa, que foi a responsável por trazer as estufas de carga contínua ao Brasil, participando no desenvolvimento das adaptações necessárias ao uso na produção do tabaco, e anunciou recentemente o desenvolvimento de uma Estufa de Cura com Energia Solar, também aposta em pellets de madeira para a cura das folhas de tabaco. Essa tecnologia reduz a mão de obra do processo, assim como a emissão de gases poluentes e melhora da qualidade do tabaco.
Pellets de madeira são biocombustíveis sólidos que usam como matéria-prima resíduos de biomassa vegetal como serragem, maravalha de madeira, casca de arroz, entre outros. Esses rejeitos são comprimidos em alta pressão e temperatura formando pequenos cilindros que são utilizados como combustível para as fornalhas. Por meio do seu Centro de Desenvolvimento Agronômico e Treinamento em Extensão Rural (ADET), a JTI vem testando essa tecnologia há três anos no Centro e, na última safra, em propriedades rurais para a cura da folha de tabaco. Os resultados têm sido promissores.
Como funciona
Com investimento a partir de R$ 15 mil, o uso dos pellets de madeira para a cura do tabaco necessita de um equipamento chamado queimador acoplado a qualquer modelo de estufa – convencional, ar forçado “grampo” e estufa de carga contínua. Interligado ao aparelho controlador de cura, ele regula a temperatura do equipamento a partir da liberação gradual dos pellets. “Como consegue manter a temperatura de maneira mais uniforme, essa inovação melhora a qualidade da cura e, consequentemente, a classificação do tabaco que reflete positivamente na comercialização do produto. Além disso, nas fases iniciais da cura, é possível que apenas uma carga de pellets dure aproximadamente 48h em uma estufa ar forçado. Ou seja, o produtor não precisa ficar realizando o abastecimento da estufa com lenha ao longo do dia e da noite, podendo realizar outras atividades”, afirma Janquiel Oliveira, supervisor de Mecanização Agrícola do ADET. Ele ressalta os ganhos para o meio ambiente como o melhor aproveitamento das sobras de madeira e a redução de emissão de CO².
Na propriedade de Marcos Luiz Dorr da Silva, na localidade de Corredor dos Rosas, em Passo do Sobrado, os pellets foram testados na safra de 2020 em uma estufa de carga contínua e fizeram a diferença na qualidade de vida. “Sem esse sistema, precisávamos abastecer com lenha a estufa cinco ou seis vezes por dia. Às vezes precisávamos voltar da lavoura apenas para realizar o abastecimento ou um de nós precisava ficar em casa para essa atividade. Então, tínhamos perda de tempo e de recursos”, avalia Dorr. A implementação da nova tecnologia deixou a tarefa bem mais simples. “Com o queimador dos pellets instalados, pude passar até dois dias sem abastecer a estufa. A única coisa que eu precisava fazer era monitorar a temperatura da estufa pelo aplicativo para ver se estava tudo certo. A comodidade foi enorme. Também notei que com esse sistema a temperatura da estufa fica bem estável”, destaca o produtor que, junto com seus pais, planta cerca de 110 mil pés de tabaco por safra.
“Nosso investimento em pesquisa e inovação é feito para facilitar a vida dos mais de 10 mil agricultores integrados da JTI. A continuidade da agricultura familiar e da fumicultura depende da criação de novas tecnologias que garantam qualidade de vida e produtividade, pois, melhorando esses dois aspectos, também conseguimos reduzir o êxodo rural”, afirma Flavio Goulart, diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI.
Atualmente, o custo da implementação e da recarga dos pellets continua acima do valor da utilização da lenha de eucalipto. Contudo, a expectativa é de que com a inauguração de uma fábrica de pellets pela Haas Madeiras, parceira da JTI na adaptação dos pellets à cultura de tabaco, e com um maior número de produtores implementando essa tecnologia, os preços baixem nas próximas safras.
Centro de desenvolvimento
O ADET é o principal responsável por pesquisar e testar novas tecnologias para os produtores integrados da JTI. Inaugurado em 2011 com investimento de R$ 10 milhões, o local conduz estudos que visam melhorar a eficiência econômica e ambiental da produção de tabaco. Instalado em uma área de 320 hectares, conta com edificações para operações em geral, unidades de cura, lavouras experimentais, alojamentos, escritórios, refeitórios, vestiários e área de mata nativa. Desde o início do trabalho, o ADET já realizou centenas de treinamentos para agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e desenvolveu tecnologias para otimizar o trabalho nas propriedades.
Entre suas contribuições mais significativas para o desenvolvimento da produção de tabaco no Brasil está o processo de adaptação das estufas de carga contínua que possibilitam maior qualidade na cura e redução de mão de obra. Além disso, recentemente, seus pesquisadores desenvolveram uma estufa de cura que utiliza a energia solar térmica para a cura do tabaco. O equipamento permite a redução de 28,8% no consumo de lenha comparado à utilização de uma estufa de mesmo modelo que não utilize a nova tecnologia.
Sobre a JTI
A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e vaping, com operações em mais de 130 países. É proprietária global de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel fora dos EUA. Outras marcas globais incluem Mevius e LD. É também um dos principais players no mercado internacional de vaping e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 44 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por cinco anos consecutivos.
No Brasil, são mais de 1,5 mil colaboradores em 10 Estados além do Distrito Federal. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em mais de 20 Estados do Brasil. As marcas comercializadas são Winston, Djarum, NAS e Camel, essa última também exportada para Bolívia e Colômbia. A JTI é reconhecida como Top Employer Brasil desde 2018.