Expectativa pelo seguro

A melhoria no seguro rural brasileiro é anseio no setor e o mesmo vem sendo defendido pela nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que já em janeiro deste ano falou de tratativas no governo para a sua ampliação e maior acessibilidade. Em fevereiro, o secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio, informou que haveria possibilidade de ser aumentado o prêmio de seguros contra potenciais perdas de colheita para R$ 1 bilhão, ante R$ 440 milhões destinados a esse fim na última safra, o que foi reiterado pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, em visita ao evento Agrishow, no dia 29 de abril, em Ribeirão Preto, São Paulo.

A expectativa para o que de fato será confirmado em relação ao seguro rural fica para o anúncio do Plano Safra 2019/2020, a ser lançado no próximo dia 12 de junho. O setor agrícola brasileiro ainda tem pequena cobertura de seguro, que atinge índices em torno de 10% do total plantado, enquanto em países como Estados Unidos esta proporção é próxima de 90%. Existem reclamações por exemplo quanto a custos e abrangência, o que faz as lideranças reivindicarem mudanças há tempo.
Enquanto isso, no segmento de produção de tabaco existe uma iniciativa privada exemplar de seguro mútuo, liderada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Criada em 1955 e com matriz em Santa Cruz do Sul (RS), a entidade operacionalizou iniciativa na área em forma de mutualidade, oferecendo seguro aos produtores desde novembro de 1956. Na safra 2018/19, conforme o presidente Benício Albano Werner, foram pagas indenizações na ordem R$ 108,3 milhões para cobertura de danos com granizo nas lavouras, abrangendo mais de 20 mil fumicultores, entre 92 mil inscritos nos três Estados do Sul do Brasil.

Da Redação da Editora

Em 03.05.2019