CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO UNISC
PROF. LUIZ CARLOS SCHNEIDER
Arquiteto e Urbanista
Doutor em Planejamento Urbano e
Regional (Propur/UFRGS)
Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo – UNISC
PROF. LUIZ CARLOS SCHNEIDER
Arquiteto e Urbanista
Doutor em Planejamento Urbano e
Regional (Propur/UFRGS)
Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo – UNISC
A Arquitetura e o Urbanismo excedem às características puramente formais e materiais dos espaços construídos. Estas constituem-se, sem dúvida, de respostas técnicas essenciais ao planejamento e projeto dos espaços edificados, mas somam-se também a componentes sociais e históricos distintos. Essa natureza interdisciplinar da Arquitetura traduz-se como um estudo dos pensamentos e dos comportamentos humanos, pois está relacionada à produção cultural e às significações estéticas, simbólicas, funcionais e econômicas, em diferentes escalas do espaço construído pelo homem.
O objetivo do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisc é assegurar a formação de profissionais generalistas, capazes de compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação à concepção, à organização e à construção do espaço construído, abrangendo o urbanismo, a edificação, o paisagismo, bem como a conservação e a valorização do patrimônio cultural, a proteção do equilíbrio do ambiente natural e a utilização racional dos recursos disponíveis. O aluno formado pela Unisc, em consonância com o projeto político pedagógico do curso e os valores da Instituição, tem como diferenciais o acesso à infraestrutura de salas de aula interativas e laboratórios (atelieres, conforto ambiental, tecnologia da construção, maquetaria, informática) e a uma formação acadêmica de qualidade, com professores, arquitetos e urbanistas, com títulos de mestres e doutores.
Nesta publicação, temos a satisfação de apresentar dois trabalhos de conclusão de curso, ambos de alunos egressos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisc em 2020. São os trabalhos acadêmicos realizados pelos arquitetos e urbanistas Hellison Ivan Goecks e Fernando Witczak, com orientação dos professores e arquitetos Gustavo Garcia de Oliveira e Alessandra Gobbi Santos, respectivamente.
Os trabalhos aqui apresentados foram aprovados em banca na disciplina do Trabalho de Conclusão de Arquitetura e Urbanismo, coordenado pelo professor e arquiteto Milton Roberto Keller.
O trabalho de conclusão de curso, intitulado “Centro Educacional Gastronômico (em Lajedo–RS)”, de autoria do egresso, arquiteto e urbanista Hellison Ivan Goeks, é uma proposta que une um tema contemporâneo a sistemas construtivos racionalizados e premissas da arquitetura bioclimática. Foi recentemente premiado em nível nacional, na modalidade Projeto Acadêmico, do 8º Prêmio Saint-Gobain AsBEA de Arquitetura em 2021, que incentiva o uso de tecnologias e soluções inovadoras e a correta especificação de produtos e processos construtivos. Já o trabalho de conclusão de curso, intitulado “(De) Lírios Artísticos (no 4º Distrito em Porto Alegre – RS)”, de autoria do egresso, arquiteto e urbanista Fernando Witczak, percorre um viés social -transformando vazios urbanos do distrito criativo em Porto Alegre em lugares dedicados ao tratamento de saúde mental, a partir do contato com diversas formas de arte. Para tanto, são propostos conjuntos de edificações que se complementam e se interligam, sendo eles: Centro de Saúde Mental e Museu da Loucura; Centro Gastronômico e Agroecológico; Complexo dos Artistas Invisíveis; e a Biblioteca e Galeria de Artes.
O critério para seleção e apresentação sintética destes dois trabalhos foi o da melhor nota atribuída pela Banca de Avaliação (em final de 2020), sem desconsiderar, contudo, a relevância e a excelência dos demais projetos acadêmicos. Em seu conjunto, são exemplos da sólida formação profissional do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisc em um contexto de inovação e sustentabilidade
HELLISON GOECKS
Arquiteto e Urbanista – CAU: A2558
ORIENTADOR: GUSTAVO GARCIAO
Cidade (RS): Vale do Sol
Fones: (51) 997174977
e-mail: he.goecks@gmail.com
Site: www.behance.net/helliso
Instagram: @hellisongoecks
A proposta consiste em reunir estratégias de conforto térmico e luminotécnico para proporcionar uma melhor experiência aos usuários do centro educacional gastronômico, que além de reduzir gastos com controle de temperatura nos ambientes de cozinhas, ainda possui iluminação natural indireta preenchendo as salas de aula. Os planos envidraçados promovem o contato visual com a área de preservação no fundo do lote, enquanto os ventos predominantes amenizam a carga térmica da edificação.
A estrutura modular em madeira laminada colada permite a flexibilidade dos ambientes internos, combinados com a setorização das circulações verticais e áreas técnicas estrategicamente posicionadas, garantem a atemporalidade da edificação. Organizado em base, corpo e coroamento, a composição se reflete na estrutura. O concreto armado dá origem à base no subsolo e térreo, enquanto a grelha de madeira e a estrutura metálica definem o corpo e o coroamento.
O grande plano de cobertura permite a instalação de equipamentos para captação solar e aquecimento de água, sendo seus amplos beirais responsáveis por manter estes equipamentos escondidos.
FERNANDO WITCZAK
Arquiteto e Urbanista – CAU: A196670-7
ORIENTADORA: ALESSANDRA GOBBI SANTOS
Cidade (RS): Santa Cruz do Sul
Fones: (51) 99742-4718
e-mail: nandowitczak.arq@gmail.com
Site: www.behance.net/fernandowitczak
Facebook: nandowitczak.arq
Instagram: @nandowitczak.arq
O projeto aparece como uma opção de repaginação ao sistema manicomial, transformando espaços culturais em casas dedicadas ao tratamento de saúde mental a partir do contato com o espectro artístico, dentre cinema, teatro, música, pintura, literatura e espaços de horta urbana. Assim, quatro projetos são inseridos em vazios urbanos localizados no 4° distrito de Porto Alegre: O Centro de Saúde Mental e Museu da Loucura; o Complexo dos Artistas Invisíveis; o Centro Agroecológico; e a Biblioteca e Galeria de Artes Nise da Silveira.
Apesar do avanço alcançado pelo CAPS, a pressão e o preconceito popular fazem com que os pacientes utilizem apenas movimentos pendulares entre o serviço e suas casas. Este movimento resulta em um vazio, gerando crises pelo não pertencimento. A participação em um mundo compartilhado se torna essencial para o desenvolvimento e tratamento das doenças mentais, incluindo a “loucura” como parte única da sociedade e reconhecendo suas contribuições para o pleno funcionamento das nossas cidades.