Centro de desenvolvimento agronômico incentiva o avanço tecnológico para produtores no RS

Inaugurado há 10 anos pela Japan Tobacco International, ADET desenvolve pesquisas para ampliar o conhecimento de técnicas agrícolas, manejo do solo e produção sustentável de tabaco

Nesta segunda-feira (06) é celebrado o Dia Nacional da Extensão Rural, data criada há mais de 50 anos para homenagear e reconhecer a importância dos trabalhadores que atuam no campo em todo o país.

Considerada como um processo educativo, a extensão rural é um termo utilizado para designar as práticas de pesquisa e desenvolvimento de atividades com o objetivo de incentivar o avanço tecnológico e técnico dos produtores rurais.

Dentre as diversas iniciativas que promovem a democratização desse conhecimento para o setor, está o ADET (Centro de Desenvolvimento Agronômico e Treinamento em Extensão Rural), da Japan Tobacco International (JTI), que completa 10 anos neste 06 de dezembro. Ao longo desse período, tem sido o principal responsável por pesquisar e testar novas tecnologias que possam ser aplicadas para os produtores integrados da empresa.

Instalado em uma área de 320 hectares no distrito de Cerro Alegre, em Santa Cruz do Sul (RS), o local conduz estudos que visam melhorar a eficiência econômica e ambiental da produção de tabaco por meio de edificações para operações em geral, unidades de cura, lavouras experimentais, alojamentos, escritórios, refeitórios, vestiários e área de mata nativa.

“O nosso principal objetivo é auxiliar os produtores de acordo com as suas especificidades e necessidades. E isso significa ter um olhar atento para que todo esse trabalho de pesquisa possa gerar conhecimento e consequentemente ser aplicado na prática”, explica o gerente do ADET, Mauro Feuerborn.

Dia de ADET

A JTI também promove o Dia de ADET, data realizada todo o mês de novembro em que a empresa convida cerca de 1.000 produtores para visitarem o centro e para que assim possam aprender e dividir experiências práticas relacionadas à técnicas agrícolas, manejo de solo e produção sustentável de tabaco. O evento não aconteceu nos últimos dois anos em virtude da pandemia, mas continua sendo uma forte iniciativa da empresa em termos de compartilhamento de conhecimento e boas práticas junto aos seus produtores integrados.

Desde o início do projeto, já foram realizados centenas de treinamentos para agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Entre suas contribuições mais significativas para o desenvolvimento da produção de tabaco no Brasil está o processo de adaptação das estufas de carga contínua que possibilitam maior qualidade na cura e redução de mão de obra.

Além disso, o centro possibilita o treinamento e desenvolvimento das equipes de extensão rural, levando inovações para mais de 100 técnicos de agronomia que realizam assistência técnica aos produtores integrados da JTI.

Resultados na prática

Dentre as inúmeras contribuições do ADET ao longo dos anos para que a inovação tecnológica chegasse até as lavouras, é possível destacar algumas práticas, como métodos alternativos para a correção do pH do solo, por exemplo, que são utilizados em áreas de difícil acesso como encostas, áreas com solos pedregosos e/ou impossibilitados de se trabalhar com mecanização agrícola.

Além disso, também é feito o mix ou policultivo de plantas de cobertura, ou seja, uma prática que visa promover benefícios físicos, químicos e biológicos ao solo em áreas de cultivos de tabaco, que muitas vezes se encontram degradadas pelos cultivos sucessivos em monocultura.

Outras práticas pesquisadas e incentivadas pelo centro de pesquisas estão a utilização do inversor de frequência, que preserva as características físico-químicas das folhas de tabaco (brilho, elasticidade, cor) durante o processo de cura, aumentando qualidade do tabaco curado, além da fertirrigação adaptada à produção de tabaco, que promove a fertilização das plantas de tabaco por meio da utilização de um pacote tecnológico de fertilizantes hidrossolúveis desenvolvido pela JTI.

Os equipamentos também são parte fundamental desse processo, que auxiliam no desenvolvimento e ampliação da produção, além da diminuição da mão de obra. Dentre eles é possível destacar a estufa Chongololo, trazida da África, que em intercâmbio com produtores na Zâmbia, foi importada pela JTI e adaptada para a realidade brasileira. A estufa possibilita a cura do tabaco com qualidade, reduzindo consumo de lenha, emissões de gases poluentes, mão de obra e, consequentemente, auxiliando no aumento da qualidade de vida do produtor.

“O ADET é um grande facilitador para que todos esses processos se tornem realidade. O campo nos indica a sua necessidade e, compreendendo esses desafios, conseguimos definir em conjunto as soluções para essas demandas. Temos muito orgulho de todas as conquistas realizadas ao longo destes 10 anos e ao mesmo tempo estamos seguros e confiantes sabendo que podemos contribuir muito mais”, finaliza Feuerborn.

Sobre a JTI

A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e vaping, com operações em mais de 130 países. É proprietária global de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel fora dos EUA. Outras marcas globais incluem Mevius e LD. Também um dos principais players no mercado internacional de vaping e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 44 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por cinco anos consecutivos.  A JTI é membro do Japan Tobacco Group of Companies.

No Brasil, são mais de mil colaboradores em 10 Estados. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em mais de 20 Estados do Brasil. As marcas comercializadas são Winston, NAS, Djarum e Camel, essa última também exportada para a Bolívia.

Em 2018, 2019 e 2020 e 2021, a JTI foi reconhecida como Top Employer Brasil.