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Volume total de café é composto por 61% de arábica e 39% de conilon

Os cafezais do mundo devem produzir quase 160 milhões de sacas de 60 quilos de café arábica e conilon, ou robusta, na safra 2017/18. A produção total está estimada em 159,66 milhões de sacas, significando acréscimo de 1,2% em relação à temporada anterior, conforme dados da Organização Internacional do Café (OIC), divulgados em abril de 2018. O volume, caso se confirme, manterá a trajetória de altas consecutivas desde a safra 2014/15. O ano cafeeiro da OIC corresponde ao período de outubro a setembro.

A expectativa de resultado positivo da OIC é atribuída ao aumento de 12,1% previsto para a produção de café conilon. Uma maior produção de conilon irá contribuir para compensar a queda de 4,6% prevista para a colheita de café arábica no mundo na etapa 2017/18. A projeção de produção é de 97,43 milhões de sacas de arábica e de 62,23 milhões de sacas de conilon, com participações de 61% e 39%, respectivamente, na oferta mundial.

No mesmo período, o consumo projetado é de 158,88 milhões de sacas de café, aumento de 1% em relação ao intervalo anterior. O mesmo vai representar aumento contínuo de consumo de café. Desse total, 110 milhões de sacas deverão ser demandadas pela população dos países importadores e 48,88 milhões de sacas pelos consumidores das nações exportadoras do produto. A Europa é a região que mais consome café no mundo, com demanda estimada em 51,93 milhões de sacas de café para o ciclo 2017/18.

Neste contexto, a diferença entre a oferta e a demanda deverá ser de sobra de 778 mil sacas no ano cafeeiro 2017/18. Saldo positivo de 312 mil sacas já havia sido verificado no ciclo anterior. No entanto, os dois anteriores (a temporada 2014/15 e a safra 2015/16) registraram déficits de 2,65 milhões de sacas e 3,65 milhões de sacas, respectivamente. Assim, considerando os últimos quatro anos-safra, conclui-se que o consumo foi superior à produção em 5,21 milhões de sacas nesse período.

CAFEZAIS O Brasil segue liderando a produção mundial de café, além de ser o maior exportador e o segundo maior consumidor da bebida. Pelos cálculos da OIC, a produção brasileira de café será de 51 milhões de sacas no ano em curso, respondendo por cerca de 31,9% do total. Na sequência, os maiores resultados serão de Vietnã, com 29,5 milhões de sacas, correspondendo a 18,5%; Colômbia, com 14 milhões de sacas (8,8%); Indonésia, com 12 milhões de sacas (7,5%); Honduras, com 8,35 milhões de sacas (5,2%); Etiópia, com 7,65 milhões de sacas (4,8%); Índia, com 5,84 milhões de sacas (3,7%); Uganda, com 5,1 milhões de sacas (3,2%); Peru, com 4,3 milhões de sacas (2,7%); e México, com 4 milhões de sacas (2,5%). Os demais países deverão produzir 17,92 milhões de sacas.

Com relação à exportação, o volume negociado em âmbito mundial nos cinco primeiros meses do último ano cafeeiro (outubro de 2017 a fevereiro de 2018), totalizou 50,98 milhões de sacas, que representam aumento de 3,2% em comparação com o período anterior (o ciclo 2016/17), cujo volume foi de 49,41 milhões de sacas. Esses e outros números podem ser conferidos nos relatórios mensais elaborados pela OIC, instituição representativa da cafeicultura mundial, sediada em Londres, da qual o Brasil é país-membro. A OIC congrega 76 países produtores e consumidores de café e administra o Acordo Internacional do Café (AIC).


SOBRE O AIC

Para saber mais sobre a participação do Brasil no AIC, basta acessar o site da OIC (http://www.ico.org/pt/ica2007p.asp). No contexto desse Acordo, a Embrapa Café, por meio do Comitê Diretor do Acordo Internacional (CDAI), do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC/Mapa), participa da análise, discussão, aprovação e gestão das ações, dos projetos e dos programas relacionados às questões do mercado mundial do café.