O impacto da pesquisa

Quem acompanha a história da agricultura brasileira, sabe que a revolução nacional no setor começou de modo especial a partir da pesquisa. Com a fundação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1972, ocorreu uma transformação na atividade no País, que de importador passou a ser exportador de alimentos graças em grande parte a inovações tecnológicas introduzidas a partir de novas pesquisas realizadas pela instituição, integrada com outras no setor. Basta lembrar a expansão da soja com a oferta de tecnologia adaptada à realidade tropical que foi desenvolvida em nível nacional.
O último Balanço Social divulgado pela Embrapa reforça o fundamental papel exercido pela entidade pública de pesquisa e a relevância do investimento feito na área. É destacado que, ao longo de sua história de 46 anos e na avaliação de 165 soluções tecnológicas, houve um retorno social na ordem de R$ 43,5 bilhões. Em 2018, para cada real investido pela sociedade, a empresa deu um retorno de R$ 12,16; a Taxa Interna de Retorno (TIR) atingiu 37,6%; e a geração de empregos a partir das tecnologias utilizadas alcançou 69,9 mil pessoas.
O balanço é feito pelo 22º ano consecutivo. A iniciativa, em recente estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), foi reconhecida como experiência única e bem sucedida, colocando-se a empresa no mesmo patamar de outras instituições internacionais de excelência em pesquisa agropecuária. Em nível estadual, conforme divulga a Embrapa, a elaboração de balanços sociais ocorre também em organismos como a Agência Paulista de Tecnologia e Agronegócios (APTA), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
Nos anuários brasileiros de agronegócio produzidos pela Editora Gazeta há duas décadas, salienta-se de maneira especial a contribuição da pesquisa agropecuária brasileira. Na publicações ora em produção, referentes às culturas do algodão e da maçã, estão em realce mais uma vez os trabalhos dos pesquisadores da Embrapa, de institutos e fundações da área privada e, no caso da fruta, também da empresa pública catarinense do setor, como suportes essenciais para o desenvolvimento recente destes segmentos no País.

Da redação da Editora