Florestas se apresentam como atividade agrícola e econômica

Desde a sua primeira edição, a Expoagro Afubra tem como objetivo incentivar a diversificação das propriedades rurais. Como a Floresta é o tema que está sendo trabalhado nesta edição, a coordenação da feira e o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede) promoveram o 9º Fórum de Diversificação e Atividades Rurais na tarde dessa quarta-feira. O vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e coordenador da 17ª Expoagro Afubra, Marco Antônio Dornelles, abriu os trabalhos, destacando os objetivos do fórum e reforçando que as florestas tem um papel importante na diversificação.

O presidente do Corede Vale do Rio Pardo, Heitor Álvaro Petry, igualmente falou da necessidade de debater o aprofundar o tema, quando se busca alternativas de agregação de renda e diversificação. O presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) destacou as vantagens de plantar florestas na agricultura familiar, pois é uma colheita que já pode ser efetuada após sete anos quando for para a celulose e de 15 anos quando se destina à serraria.

Diogo Leuck orientou que, antes de plantar, o produtor precisa tomar algumas precauções, como por exemplo, escolher o espaço, pesquisar para quem vai vender (mercado) e alternativas de parcerias com empresas. “Hoje têm muitas empresas instaladas e que têm capacidade para absorver a matéria-prima madeirável existente”, frisou. Leuck acrescentou que as espécies mais recomendadas para reflorestar são o eucalipto, pinus e acácia negra.

Leuck chamou atenção de que o estoque de madeira existente hoje está reduzido e que não se vê perspectiva nenhuma de redução de consumo de madeira. Salientou que até o ano de 2050, vai triplicar o aumento do consumo de madeira no mundo e que não se pode esperar até o ano de 2049 para investir na floresta. “O Brasil e o Rio Grande do Sul estão sendo vistos hoje como celeiros de madeira”, pontuou. Desafiou a Afubra e o Corede Vale do Rio Pardo a criarem os Arranjos Produtivos Locais (APLs) da madeira.

O professor e coordenador do Centro Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Jorge Antônio Farias, abordou o tema ´Atividade florestal no Vale do Rio Pardo. Oportunidade de desenvolvimento regional, diversificação e geração de emprego e renda`, e, como consequência, uma melhor qualidade de vida. “Que a atividade venha a fazer parte do cotidiano da produção das propriedades rurais”, desejou.

Farias trouxe presente que o maior problema hoje não é a produção, e sim, a venda do produto, ou seja, o mercado. Apresentou o potencial de produção dos municípios do Vale Rio Pardo, o que atualmente soma mais de 16 mil hectares de área reflorestada. Também desafiou a Afubra e o Corede Vale do Rio Pardo a criarem os APLs da madeira.

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