Anuário Brasileiro do Tabaco 2016 - page 65

Mecanização
As transformações na atividade ainda passampelamecanização de algumas opera-
ções. Hoje, o transplante dasmudas para as lavouras praticamente é todo feito porma-
quinetas do tipo “saraquá”, equipamentos parecidos comasmáquinasmanuais utiliza-
dasnoplantiodegrãos.Alémdetratoresedeoutrosimplementosagrícolas,emalgumas
áreas já se pode observar o emprego de máquinas específicas para transplante e até
mesmopara colheitamecanizadado tabaco. ConformeopresidentedoSindiTabaco, Iro
Schünke, atualmenteas empresas estudamasmelhores alternativasparaviabilizar adi-
fusãodessesmaquinários, emfunçãodos altos custosparaapequenapropriedade.
“Se a mão de obra continuar escasseando no campo, vamos precisar encontrar
soluções. A tecnologia existe, para plantar e para colher, mas ainda precisamos en-
contrar um jeito de torná-la viável nas pequenas propriedades produtoras de ta-
baco”, defende. No âmbito das inovações, o dirigente lembra de sistemas já con-
solidados, como as novas estufas para cura das folhas, que facilitam o manejo e
permitem melhor controle de temperatura e umidade. E, nas áreas produtivas, o
uso de irrigação já não é mais novidade e amplia as chances de resultados promis-
sores, mesmo em condições climáticas adversas.
A
evolução tecnológica chega com força ao meio rural, pro-
movendo mudanças significativas no modo de fazer agri-
cultura. Essa tendência, observada em todo o mundo,
também acontece na produção de tabaco. Embora se tra-
te de uma cultura tradicional e ainda bastante manual na
maioria das propriedades brasileiras, os avanços estão cada vez mais
presentes na rotina produtiva das famílias. As vantagens incluem redu-
ção nas demandas de mão de obra, maior proteção à saúde e mais se-
gurança para quemproduz e maior rentabilidade ao final de cada safra.
O assessor técnico do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco
(SindiTabaco), Darci Silva, apontaqueas principaismudanças começaram
com avanços tecnológicos aplicados a produção de sementes, melhora-
mento genético e desenvolvimento de cultivares resistentes e mais pro-
dutivas, bem como com a produção de mudas de alta qualidade pelo sis-
tema
float
, que viabiliza transplantes commaior sucesso e uniformidade.
Já nas lavouras, as boas práticas agrícolas garantemsustentabilidade ao
processo produtivo devido ao uso de práticas eficientes de conservação do
solo e sua preservação para as futuras gerações. “O cultivomínimo e o plan-
tiodireto,emconjunto,jásuperaramosistematradicional.Essaéoutrapráti-
cadegrande importânciana implementaçãoda sustentabilidade”, frisa.
Os programas de análise de solo e de recomendações para a fertiliza-
ção das lavouras também evoluíram, garantindo desempenho mais efi-
ciente das adubações e melhor resultado das safras. O progresso igual-
Cadeiaprodutiva
dotabaco
mantémfocono
desenvolvimento
emfavorda
rentabilidadeeda
sustentabilidade
dosnegóciosno
Paísenoexterior
mente se dá através dos equipamentos de proteção individual (EPI), desenvolvidos para
proteger comsegurança a saúde dos trabalhadores na produção de tabaco.
A intensificação do Manejo Integrado de Pragas (MIP) nas propriedades reduz a neces-
sidade de uso de agrotóxicos na cultura, que, de forma comprovada, é uma das que me-
nos utilizaagentes químicos para controledepragas. Alémdeproteger quemproduz, ouso
da metodologia contribui para a proteção do meio ambiente. Para salvaguardar a saúde
dos produtores integrados, o setor ainda desenvolveu uma vestimenta destinada à colhei-
ta segura do tabaco, que reduz a exposição dérmica dos trabalhadores à nicotina contida
nas folhas e uma possível intoxicação pela chamada “doença da folha verde do tabaco”.
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Inor Ag. Assmann
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