Anuário Brasileiro do Tabaco 2016 - page 61

Olharde
quementende
O prefeito de Santa Cruz do Sul,
Telmo Kirst,
fundador da Amprotabaco,
avalia que o posicionamento do minis-
tro da Agricultura Blairo Maggi equili-
bra uma relação emque a cadeia do ta-
baco estava emdesvantagem, namaior
parte das vezes por falta de informação
dos interlocutores no governo. “Há um
respaldo técnico, mas tambémpolítico,
que não tínhamos antes”, comemora
Kirst, que conduz omunicípio que sedia
omaior polomundial de beneficiamen-
to de folhas de tabaco.
Benício Albano Werner, presidente
da Associação dos Fumicultores do Brasil
(Afubra), por sua vez, crê que o fato de o
ministroBlairoMaggiterumavisãoglobal
do agronegócio e, ao mesmo tempo, en-
tender os conceitos e aspectos regionais
que estão associados à cadeia produtiva,
ao agricultor, aos municípios, é um dife-
rencial. Werner avalia que, por também
ser agricultor,Maggi temvisãodiferencia-
da,porentenderadinâmicadoagronegó-
cio, enxergar as dificuldades dos produ-
tores e as vantagens de se ter uma cadeia
organizada,comempregoserenda.
“Ele sabe que a economia brasilei-
ra está sendo consolidada pelo setor pri-
mário, e pode dimensionar a importân-
cia de cada segmento. E tudo isso sem
receio de receber críticas de segmentos
radicais, consciente de seu papel não
apenas como ministro, mas agricultor e
empresário”, acrescenta. Para o dirigen-
te, o posicionamento de Maggi, reforça-
do por Eliseu Padilha, ministro-chefe da
Casa Civil, dá credibilidade não só às tra-
tativasinerentesàcadeiaprodutiva,mas
ao próprio governo frente ao setor. “Te-
mosmais confiança emdebater comum
interlocutor que não é radicalmente con-
trário ao tabaco ou influenciado por seg-
mentos radicais. Isso tranquiliza a cadeia
produtiva”,finalizaWerner.
negócio que é, pela renda que gera ao pequeno produtor, pela alta arrecadação de
impostos, pela geração de divisas ao País, com a exportação de 85% do que pro-
duz; pelos empregos, pela responsabilidade ambiental e pela maneira como dá
suporte a outras atividades na pequena propriedade”, acrescenta.
Schünke considerou excelente a visita doministroMaggi ao Vale doRioPardo, em22
de julho. “Oministro e sua equipe conhecerampessoas e processos, dos insumos às la-
vouras e à industrialização, receberam informações técnicas e econômicas e conversa-
ram comprodutores, trabalhadores, dirigentes e lideranças da região. Isso valemais do
quemuitas reuniões emBrasília paramostrar a importância do setor”, frisa.
Oprefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, ex-presidente da Associação dosMunicípios
ProdutoresdeTabaco (Amprotabaco), entendequeesteposicionamentodosministros re-
compõe umpouco o equilíbrio nas relações institucionais. Até então o diálogo como go-
verno existia, mas era truncado, não havia um canal tão franco, direto e receptivo. “Claro
que houve interlocutores importantes nos últimos governos, que ouviam e repercutiam
as demandas setoriais noâmbito federal,mas esseposicionamentodepeitoaberto, o en-
tendimentoprofissionaldonegócioemsiporpartedeumministro,quetambéméagricul-
tor eumdosmaiores empresáriosdoagronegóciodoPaís, faz adiferença”, reconhece.
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